Policia

Morre preso que causou incêndio em presídio depois que incesto foi descoberto

Diretor do presídio disse que Francisco se revoltou após proporem a ele uma visita assistida

 

IPATINGA – Um preso que mantinha relação incestuosa com a mãe, dentro da Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, morreu na madrugada de ontem (28), vítima de queimaduras de terceiro grau. Francisco Sales da Silva, o “Ceará”, 25 anos, estava internado desde o dia 25, depois de incendiar os colchões da cela que dividia com outros dois detentos. Cássio Tiago Rodrigues permanece internado em estado grave e corre risco de morrer. Um terceiro preso, vítima do incêndio, Denis Gonçalves da Silva, teve ferimentos menos graves e está fora perigo.

INCESTO
Há mais ou menos um ano, a direção do presídio descobriu que Francisco mantinha uma relação incestuosa com a própria mãe em visitas íntimas no presídio. O caso foi descoberto depois que a mãe (que estava presa do Ceresp de Ipatinga) obteve o benefício da saída temporária e foi à Dênio Moreira se recadastrar para continuar fazendo as visitas ao filho.
De acordo com a diretoria da unidade prisional do Ipaba, a mulher era cadastrada como esposa e não como mãe. Mas, como queria ver o filho, acabou contando à assistente social que ela era mãe dele. “Foi então que nós juntamos todas as provas, e levamos ao conhecimento da juíza que até estava no dia. Foi deferida então a suspensão das visitas ao detento”, disse o diretor da Dênio Moreira, Adão dos Anjos.
A unidade prisional ainda apurou que a relação incestuosa entre o detento e sua mãe é antiga. Em um processo judicial consta que a própria mãe admitiu formalmente que “desde os 18 anos tem o filho como o seu homem e não como filho”.

REVOLTA
Conforme Adão dos Anjos, na última sexta-feira Francisco começou a cobrar as visitas da mãe, quando então foi proposto a ele uma visita assistida (com presença de agentes penitenciários ou assistentes sociais). Segundo o diretor, ele teria se revoltado com a proposta e teria provocado o incêndio com a ajuda dos outros dois que estavam na cela com ele. “Ele que ateou fogo, mas com apoio dos outros dois. Arrebentaram a luminária para provocar o curto circuito, até conseguirem provocar o incêndio. E as chamas se alastraram muito rápido. Quero ressaltar que foi um caso isolado e não teve princípio de rebelião”, diz o diretor.

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