Esportes

Futebol fabricianense perde um de seus ídolos

FABRICIANO – Faleceu, por volta das 9h30 de ontem no Hospital São Camilo, em Coronel Fabriciano, o desportista Raimundo Pereira de Souza Filho, o Mundinho, 59 anos. De acordo com o irmão Marco Antônio, o Chapinha, Mundinho estava se tratando de câncer de pâncreas desde o primeiro semestre de 2012. “Lamentavelmente, a doença foi descoberta tarde demais”, disse, comovido, o irmão.

No final do ano passado, quando descobriram a doença, os amigos desportistas fizeram homenagens ao ex-atleta profissional, como na decisão do Campeonato Acesitano Máster. A taça de campeão recebeu o seu nome e foi entregue ao irmão Tote, também bastante conhecido no meio desportista.

TRAJETÓRIA
Mundinho jogou em diversos times Brasil afora, mas foi descoberto no Acesita Esporte Clube, quando o clube ainda era profissional, pelo saudoso Magnani. Como jogador profissional, defendeu o Valério de Itabira, Atlético-MG, CRB-AL (onde tornou-se ídolo) e outros clubes pelo Brasil

Aos 18 anos, foi aprovado nos juniores do Valério. Em 1976, já profissional pelo clube itabirano, tornou-se um dos artilheiros da equipe no Campeonato Mineiro e no ano seguinte acabou contratado pelo Atlético, a pedido do técnico Barbatana. Na ocasião, como os principais jogadores do Galo estavam disputando um torneio na Europa, Mundinho defendeu o chamado Atlético B, com o qual o ex-ponta-esquerda foi campeão da Taça Minas Gerais. Em 1977 foi cedido por empréstimo ao CRB-AL, clube pelo qual sagrou-se tetracampeão alagoano. O contrato de Mundinho teve duração de quase dez anos, terminando em 1986. Mas, nesse período, atuou como empréstimo como o Araçatuba-SP, Asa de Arapiraca-AL, Central de Caruaru-PE, entre outros.

O encerramento da carreira de Mundinho, como profissional, ocorreu com chave de ouro, em 1986, quando ele tinha 30 anos. Foi dele o gol do título do Brasília-DF, na vitória de 1 a 0 sobre o Taguatinga, na decisão do Campeonato Brasiliense. Naquela oportunidade, Mundinho conquistou o tricampeonato com o Brasília.

ORGULHO
Após encerrar a carreira como profissional, Mundinho retornou para Timóteo e passou a jogar em clubes do futebol amador. Defendeu o Ipiranga, Renascença, Palmeiras e Olaria, clube pelo qual sagrou-se campeão acesitano.
O ex-ponta-esquerda contava, com orgulho, que a capital alagoana é onde ele se sentia verdadeiramente um ídolo.

Tudo graças à história de conquistas e muitos gols no CRB-AL. “Maceió me carrega nos braços. Minha glória foi ser tetracampeão alagoano pelo CRB. Tenho cadeira cativa no estádio do CRB. Vou aos restaurantes e minha conta é paga sem eu saber. Qualquer hora que chego a Maceió sou valorizado”, contava Mundinho. Toninho Cerezo e Reinaldo, na época do Atlético, e o Joãozinho Paulista, no CRB-AL, foram os melhores jogadores com quem já atuou, destaca.

Mundinho é pai de quatro filhos (uma menina e três rapazes) e ainda tem dois netos. Seu corpo será velado na casa dos familiares, na avenida Jovino Augusto da Silva, 497, bairro Bromélias.

 

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