IPATINGA – A comunidade católica São Vicente de Paulo começa na próxima semana a distribuição de panfletos para arrecadar fundos para a reforma da Capela do Ipaneminha, uma das igrejas mais antigas do município de Ipatinga.
De acordo com padre Enésio Pinheiro, um projeto emergencial para escorar a estrutura que ameaça ceder deveria ter começado ontem. Mas, em função do atraso na entrega dos materiais, a empreitada ficou para a próxima semana.
“A nossa intenção é promover toda a restauração da Capela com base no projeto que nos foi prometido pela Unileste. Para isso, preparamos uma campanha com outdoor pela cidade e a distribuição de folhetos. Pode ser contribuição em espécie. Quem não puder depositar, vamos buscar”, disse o pároco.
Padre Pinheiro observou que a responsabilidade com o patrimônio público não é apenas do poder público, mas também da sociedade como um todo. Ele ainda acrescentou que os vicentinos já se empenharam em prol desse trabalho.
A conta para ajuda é no Banco do Brasil, agência 3003-1, conta corrente 35373-6. Mais informações na Paróquia São Pedro, pelo telefone (31) 3822-4259.
Apesar de a campanha para arrecadação de fundos para a recuperação da Capela ter começado, ainda não foram entregues pela universidade os projetos para a restauração.
A igreja é um bem tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Município de Ipatinga, por meio do decreto 3.580, de 03 de setembro de 1996. E é de propriedade e guarda da Diocese de Itabira Coronel Fabriciano.
EMERGENCIAL
A Capela do Ipaneminha sofreu com a ação do tempo, e apresenta problemas como a invasão da área, apodrecimento dos esteios e dos suportes de baldrames de madeira. A parte de alvenaria foi alvo da ação de cupins e a pintura está velha.
Outro problema apontado por Padre Pinheiro é a invasão, como a quadra de esportes pelo poder público e moradores próximos, que estão se apossando da área da Igreja São Vicente de Paula.
INTERDIÇÃO
No começo deste ano, a igreja foi interditada depois que o beiral da frente do prédio caiu. Desde então, para chamar a Prefeitura e os demais órgãos estaduais à sua responsabilidade, o pároco protocolou no Conselho Estadual do Patrimônio Público e no Ministério Público um documento apontando os principais problemas.
Após vários encontros entre a promotoria, os representantes da Prefeitura e da paróquia, ficou acordado que o Governo Robson (PPS) daria os materiais para as obras da escora. Mas, para o Padre Pinheiro, o projeto elaborado pelos arquitetos Rogério Braga e Kênia Alves irá demandar mais materiais do que o prometido.
“Vão nos fornecer sete sacos de cimento, areia, brita, madeira e telhas. Só que usaram um rascunho que fiz durante uma das audiências na sala do Ministério Público. Quando deveriam ter estimado o material no projeto feito pelos professores e arquitetura do Unileste”, defendeu.
ESCORAMENTO
Em nota, a Prefeitura de Ipatinga informa que, em reunião no mês de junho com representantes do Ministério Publico e da Igreja Católica, proprietária do bem tombado, foi apresentado o projeto de revitalização e ficou definido que a PMI disponibilizaria parte do material para as obras.
A contribuição da PMI destina-se exclusivamente ao escoramento da capela. As licitações para adquirir os materiais necessários estão em andamento, aguardando apenas os trâmites legais para realização da compra.