Cultura

A Flor do Buriti foi o único longa brasileiro premiado em Cannes

Novo filme de João Salaviza e Renée Nader Messora, que apresenta uma história de resistência do povo Krahô, teve a sua première no prestigiado festival francês

O filme “A Flor do Buriti”, dirigido por Renée Nader Messora e João Salaviza, produzido por Julia Alves e Ricardo Alves Jr. da produtora mineira Entre Filmes, foi premiado no Festival de Cannes. O filme recebeu o Prix d’ensemble (Melhor Equipe) da sessão Un Certain Regard (Um Certo Olhar), concedido pelo júri presidido pelo ator americano John C. Reilly e com as presenças da atriz belga Émilie Dequenne, do diretor cambojano-francês Davy Chou, da atriz alemã Paula Beer e da diretora francesa Alice Winocour.

Em 2018, Renée e João apresentaram no Festival de Cannes, também na mostra Un Certain Regard, “Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos”. Foram laureados com o Prêmio Especial do Júri – na ocasião, presidido pelo ator porto-riquenho Benicio del Toro.

INDÍGENAS KRAHÔS

“A Flor do Buriti” teve a sua estreia mundial no dia 23 de maio e foi ovacionado por mais de 10 minutos após a emocionante exibição. A obra trata da luta pela terra empreendida pela comunidade indígena dos Krahôs e as diferentes formas de resistência implementadas por eles na aldeia Pedra Branca, em Tocantins.

Em toda a história da Un Certain Regard, o Prix d’ensemble fora concedido em apenas outras duas edições: em 2014, para “Party Girl”, e em 2021, para “A Boa Mãe”, ambas produções francesas.

“A Flor do Buriti” é uma produção luso-brasileira da Entre Filmes e da Karõ Filmes e será distribuído no Brasil pela Embaúba Filmes.

SINOPSE

Em 1940, duas crianças do povo indígena Krahô encontram na escuridão da floresta um boi perigosamente perto da sua aldeia. Era o prenúncio de um violento massacre, perpetuado pelos fazendeiros da região. Em 1969, durante a Ditadura Militar, o Estado Brasileiro incita muitos dos sobreviventes a integrarem uma unidade militar. Hoje, diante de velhas e novas ameaças, os Krahô seguem caminhando sobre sua terra sangrada, reinventando diariamente as infinitas formas de resistência.

FICHA TÉCNICA

Direção: João Salaviza, Renée Nader Messora

Roteiro: João Salaviza, Renée Nader Messora, Ilda Patpro Krahô, Francisco Hyjnõ Krahô, Ihjãc Henrique Krahô Produção: Ricardo Alves Jr., Julia Alves

Elenco: Ilda Patpro Krahô, Francisco Hyjnõ Krahô

Direção de Fotografia: Renée Nader Messora

Direção de Arte: Ángeles Frinchaboy, Ilda Patpro Krahô

Som Direto: Diogo Goltara

Desenho de Som: Pablo Lamar

Montagem: Edgar Feldman

Gênero: drama

País: Brasil, Portugal

Ano: 2023

Duração: 124 min

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