Durante o evento, dez eixos serão abordados pelos manifestantes (Crédito: Nadieli Sathler)
IPATINGA – “Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda população”. É com este lema que movimentos sociais e pastorais da Diocese de Itabira e Fabriciano articulam o 18º Grito dos Excluídos. Este ano, o evento acontece a partir de 8h, na Praça dos Três Poderes, no Centro de Ipatinga, de onde o grupo parte em passeata até o Parque Ipanema.
A mobilização, que acontece no Dia da Independência do Brasil, 7 de setembro, chama a atenção da população para as condições da crescente exclusão social na sociedade brasileira. O “Grito dos Excluídos” não trata de um movimento nem de uma campanha, mas um espaço de participação livre e popular.
O coordenador do setor diálogo da Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano, Marcos Maurício, explica que durante o percurso dez eixos serão abordados, entre eles saúde, drogas, juventude e a violência contra a mulher. “Primeiro a gente quer que o Estado garanta os direitos que a nação tem. E a igreja não pode se abster neste momento. E vamos colocar para fora toda nossa ansiedade e indignação diante de aspectos que têm ocorrido na nossa regional. E o Estado não está garantindo a saúde que o povo merece”, disse.
O secretário executivo da Justiça e Paz Diocesana, Padre Daniel Orpilla, afirma que é preciso dar um basta no sofrimento da população. “O grito é uma maneira de juntar as forças de todas as religiões e vamos às ruas e mostrar que juntos podemos transformar”, considera.
POR QUE 7 DE SETEMBRO?
Desde 1995, foi escolhido o dia 7 de setembro para as manifestações do Grito dos Excluídos. A ideia é aproveitar o Dia da Pátria para mostrar que não basta uma independência politicamente formal.
O Grito dos Excluídos tem como finalidade anunciar, em diferentes espaços e manifestações populares, sinais de esperança com a perspectiva de transformação através da unidade, da organização e das lutas populares e denunciar todas as formas de injustiças promovidas pelo sistema capitalista.
