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Covid-19: Vale do Aço é uma das regiões mais letais e preocupantes de Minas Gerais

IPATINGA – Com um total de 1.068 óbitos e 48.621 casos confirmados nas quatro principais cidades (Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e Santana do Paraíso), o Vale do Aço está sendo considerado uma das regiões mais letais pela covid-19 em Minas Gerais. Nas principais cidades a ocupação de leitos já atingiu 100% da taxa de ocupação nas UTIs e enfermarias.

Mesmo com medidas mais restritivas para evitar a transmissão do coronavírus há quase 15 dias, o avanço da pandemia nas regiões Oeste, Vale do Aço e Central, que inclui os municípios da Grande BH, preocupa o governo mineiro. Conforme o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, a ocupação dos leitos de UTI nessas áreas está cada vez mais próxima de 100% – algumas microrregiões já atingiram o limite, como Guanhães, João Monlevade e Vespasiano. A informação é do jornal “O Tempo”

“Cada dia que se passa percebemos um aumento no número de pacientes que aguardam leitos de terapia intensiva, além de enfermaria. É uma alta progressiva e muitos pacientes aguardando (disponibilização de uma vaga). Parece haver um platô, algumas regiões melhoraram, mas a tendência no estado ainda é de subida, especialmente Vale do Aço, Oeste e Central, que nos preocupa muito. A Central tem o maior número de pacientes aguardando leito”, declarou.

DIFICULDADES

O secretário lembrou ainda que há uma dificuldade cada vez maior para a abertura de novos leitos, principalmente pela falta de recursos humanos e até insumos usados nos hospitais, que desde a semana passada começaram a atingir estoques críticos. “CTI continua sendo um ponto mais sensível, é muito difícil abrir leitos, mas estamos nos esforçando. Abrimos 33 na Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), tentando outros 40 na rede da região Central, buscando com municípios e prestadores a abertura”, disse.

Por conta do grande crescimento de casos e, consequentemente óbitos, o Baccheretti explicou que o ritmo de avanço da doença é muito maior que a capacidade de criar novas vagas nas unidades de saúde. Em todo o Estado, 762 pessoas aguardam por uma vaga em um leito de UTI.

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