Cidades

Mulheres conquistam espaço na siderurgia

Sandra Maria dos Santos é operadora de produção na galvanização da Usiminas

IPATINGA
– Ficou mesmo para trás o tempo em que as mulheres não ultrapassavam os limites de sua própria casa para o trabalho. Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8 de março), muitas histórias encontradas na indústria revelam como as portas do mercado se abriram e elas conquistaram as oportunidades em lugares marcados pela forte presença masculina. Exemplos assim são vistos na Usiminas em suas mais diversas atividades de siderurgia e bens de capital.

Mãe de dois filhos, a operadora de produção Neide Aparecida Rodrigues é exemplo de quem aproveitou as oportunidades para novos desafios. “Estou há sete anos aqui. Comecei na Usiminas Mecânica, que foi uma escola de profissionalismo, já trabalhei com maçarico e máquinas pesadas. Há quase dois anos vim para a usina; fui a primeira mulher a trabalhar em minha área aqui na Laminação a Frio, conheci mais uma família e trabalho em um ambiente de muito respeito com ótimo convívio.”

OCUPAÇÃO

A conquista de novos espaços também aconteceu para Sandra Maria dos Santos. Aos 42 anos ela começou como contratada e em 2011 se tornou operadora de produção na galvanização da Usiminas.

“Trabalho em um campo competitivo, operando grandes máquinas, terras tradicionalmente de homens, mas invisto em aprender coisas novas, fazer melhor e tenho sido reconhecida por isso. Tenho assumido novas responsabilidades quando necessário e superado os desafios, gosto do que faço aqui,” conta. Para conciliar as jornadas de mãe e profissional, ela destaca que os dois filhos trabalham nos serviços em casa, o que revela outro traço importante das famílias das mulheres que não se dedicam com exclusividade em casa.

NO PRÉ-SAL

Grandes responsabilidades também assumiu a projetista Márcia Adriana de Oliveira, 43, da Usiminas Mecânica. Há seis anos na função, ela faz parte da equipe que já desenhou equipamentos para projetos exigentes, como o Pré-Sal no Brasil.

“Comecei como desenhista e alcancei meu sonho de ser projetista, um espaço com maioria de homens, onde é preciso vencer a desconfiança. Aprendi muito aqui, trabalho com muitos especialistas em diversas áreas e por isso tenho oportunidade de fazer sempre melhor. Tenho muito orgulho do meu trabalho e de onde estou, adoro ver as imagens dos projetos que fiz. Acordo todo dia pensando nos meus desenhos que tenho para fazer,” mostra.

AVANÇOS
Não há dúvidas de que nos últimos anos a mulher está cada vez mais presente no mercado de trabalho. Este fenômeno mundial não é exceção no Brasil. Por aqui, dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego em 2013, revelaram que quase metade dos postos de trabalho são ocupados por mulheres. Assim, a tendência é que pessoas como a Neide, Sandra e Márcia tenham cada vez mais companhia para dar o seu toque também na indústria.


Márcia Adriana de Oliveira faz parte da equipe que já desenhou equipamentos para projetos exigentes,
como o Pré-Sal no Brasil

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