Economia

Usiminas quer taxar importação de aço para proteger siderurgia nacional

Siderúrgica mineira diz que deixou de contratar 600 pessoas devido às importações da China

BH – O aumento das importações de aço no Brasil freia a produção nacional, segundo lideranças de algumas das principais empresas do setor, e já afeta empregos no Brasil. A Usiminas, por exemplo, afirma que deixou de fazer cerca de 600 contratações devido ao cenário atual, de alta projetada de 40% de importações em 2023, segundo dados do Instituto Aço Brasil.

IPATINGA E CUBATÃO

A maior parte das vagas, de acordo com o CEO da empresa, Marcelo Chara, seriam na Usina de Cubatão, em São Paulo, mas algumas também seriam na Usina de Ipatinga, no Vale do Aço, onde a reforma do Alto-Forno 3 está prestes a ser concluída. “Fechamos um centro de serviço em São Paulo. [As importações] claramente afetam o desempenho das empresas brasileiras e o pleno emprego industrial. É fundamental que o governo brasileiro introduza medidas”, acrescenta.

TARIFA DE IMPORTAÇÃO

O Instituto Aço Brasil, que representa o mercado, demanda que o governo aumente a tarifa de importação do aço, que atualmente é de 9,6%, para 25%. O valor é o adotado pelos EUA, México e parte dos países da Europa. Atualmente, a maioria do aço importado que chega ao Brasil é da China, cujo governo oferece subsídios que reduzem o preço de venda dos produtos.

Além da Usiminas, outras das maiores siderúrgicas do país relatam dificuldade neste momento. A Gerdau suspendeu cerca de 600 contratos de trabalho, sob risco de demissões, e a Arcelor Mittal anunciou que produzirá 1,3 milhão de toneladas a menos neste ano.

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