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Governo mente e faz corte de 158 mil no Bolsa Família em meio a Covid-19

Ao contrário do que foi dito, governo federal suspende 158 mil bolsas em março. Anteriormente, tinha sido anunciada uma rápida ação para aumentar a renda das famílias pobres

BRASÍLIA – O governo Jair Bolsonaro cortou 158.452 beneficiários do Bolsa Família no mês de março, mesmo com a pandemia do coronavírus. Do total, 96.861 famílias, que representam 61,1%, estão na região Nordeste, onde o ocupante do Planalto obteve menos votos nas eleições de 2018.

Em janeiro, das famílias que ingressaram no programa, apenas 3% eram do Nordeste, o que gerou uma série de críticas. O número de beneficiários é o menor do governo Jair Bolsonaro e o menor desde maio de 2017, quando o Bolsa Família teve o maior corte da história do programa — 543 mil bolsas foram retiradas.

RESPOSTA DO GOVERNO

O ministério explicou que a redução ocorreu porque novas 185 mil famílias ingressaram no programa, mas 330 mil “se emanciparam” por apresentarem evolução nas condições financeiras, “ou seja, superaram as condições necessárias para a manutenção do benefício”.

O Bolsa Família atende famílias que vivem em situação de extrema pobreza, com renda per capita de até R$ 89 mensais, e de pobreza, com renda entre R$ 89,01 e R$ 178 mensais. Se a renda per capita for maior do que isso, a família é retirada do programa.

REALIDADE

A explicação do governo é totalmente contrária ao que foi anunciado, já que o momento atual exige uma atuação rápida para o aumento da renda das famílias. Além do coronavírus, o país sofre com aumento da informalidade no mercado de trabalho e crescimento do número de pobres.

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