PARAÍSO – O Grupo Parangolé chega à última etapa do projeto Cordelizando, no dia 13 de julho (sábado), em Santana do Paraíso, com apresentação gratuita do espetáculo cênico-musical Cordéis dos Cafundó e de esquetes teatrais encenadas por alunos da rede pública do município, a abertura é será às 18h30 no Espaço de Lazer da Área de Eventos Dona Maria do Carmo (Centro). O é apresentado pelo Ministério da Cidadania, aprovado pela Lei Rouanet e é uma parceria entre o Parangolé e Cenibra. No primeiro semestre de 2019, o projeto circulou nas cidades de Santa Maria de Itabira, Bugre, Córrego Novo e Santana do Paraíso, com apoio da Univale.
INSPIRAÇÃO
O grupo Parangolé desenvolve sua arte inspirado na literatura de cordel. O Brasil é único país em que a cultura do cordel ainda se mantém viva. Estima-se mais de 30 mil títulos publicados. “Na primeira metade do século, o cordel era o jornal do sertão que levava os temas sociais e políticos para os grotões, à maneira popular. O cordelista é uma espécie de cronista de seu tempo. Apesar dessa força vir e estar no nordeste, temos até hoje vários desses poetas espalhados pelo país”, contextualiza Cascão, fundador do Grupo Parangolé.
Com 20 anos de atuação na arte-educação, o Grupo Teatral Parangolé Arte Mobilização, de Belo Horizonte, propõe, a partir do projeto Cordelizando, difundir a literatura de cordel para o contexto escolar. “A perspectiva de apresentar a poesia e a força dessa forma de narrar, sua história, as técnicas de criação e declamação, despertando de forma lúdica o gosto pela escrita e a leitura é algo revolucionário. Agora, se na ponta sairão cordelistas, só a experiência dirá”, diz Cascão.
ATIVIDADES
O projeto começou em fevereiro deste ano nos municípios de Santa Maria de Itabira, Córrego Novo, Bugre e Santana do Paraíso. Além de realizar apresentações do espetáculo Cordéis dos Cafundó possibilitando a fruição artística, cada cidade recebeu oficinas pedagógicas de criação de cordel para os professores (fevereiro e maio), com a assessora pedagógica Sirlene Alves e o artista Cascão, e de teatro para os alunos (junho), ministradas pelo ator do Parangolé, Lucílio Gomes. “Durante todo o semestre, a literatura de cordel começou a fazer parte do cotidiano dos alunos, nas aulas de português, história e geografia, integrando professores, assessores pedagógicos, diretores e secretarias de educação locais”, explica.
CRIAÇÃO
Os cordéis criados em sala de aula foram roteirizados pelo Parangolé e transformados em pequenas esquetes que serão encenadas pelos alunos no evento final, em julho. Para Cascão, “apesar da arte do cordel ter 150 anos de história enquanto literatura escrita e séculos de literatura oral, quando a gente se defronta com professores, alunos e mesmo grupos artísticos, fica evidente a sua atualidade e potência, pois estamos falando de um imaginário que as pessoas já trazem, às vezes sem saber. O que fazemos é proporcionar o reencontro delas com algo que é a identidade do povo brasileiro”, explica o poeta que, há seis anos, já realizou o projeto nos municípios de Belo Oriente, Cachoeira Escura, Peçanha, Naque, Governador Valadares, Coronel Fabriciano e Belo Horizonte. O artista se apresenta em “Cordéis dos Cafundó” acompanhado dos músicos Débora Costa (percussão), Thiago Gazzineli (sanfona) e Christiano de Souza (violão/ baixo).
Para o segundo semestre, está prevista a realização do projeto nas cidades de Coroaci, Sabinópolis, São Domingos do Prata e Santo Antônio do Itambé.
SERVIÇO
Projeto Cordeis dos Cafundó (evento final)
Santana do Paraíso
13 de julho, sábado – 18h30
Local: Espaço de Lazer da Área de Eventos Dona Maria do Carmo (Centro)
Classificação indicativa: Livre | duração do evento final: 90 minutos | entrada gratuita