Divulgação CMI
IPATINGA – Ainda está em fase de conclusão o inquérito que investiga a falsificação de documentos públicos. O caso foi descoberto ano passado, após uma mulher tentar transferir para o seu nome o carro do marido, falecido em março de 2014. O vereador Toninho do Bethânia (PCdoB) de Ipatinga foi citado como envolvido no esquema.
A assessoria da Polícia Civil de Belo Horizonte informou que o inquérito foi remetido à Justiça de Ipatinga com o pedido de aumento de prazo para a sua conclusão. A reportagem do DIÁRIO POPULAR teve acesso ao documento que apresentava a decisão do Ministério Público em acatar o pedido da Polícia Civil. Assim que retornar à PC, o delegado responsável terá o prazo de 120 dias para concluir as investigações.
O caso em questão envolve uma mulher, que foi presa em Ipatinga, no mês de outubro do ano passado, por falsificação de documento. Segundo informações do boletim de ocorrência da Polícia Militar, a suspeita S.A.E.G., de 31 anos, foi detida quando tentava transferir, para o nome dela, o carro do marido, falecido em março do ano passado.
FALSIFICAÇÃO
Ainda de acordo com o relato policial, após verificar que o Certificado de Registro do Veículo (CRV) havia indícios de ser falso, o proprietário do cartório onde se tentava transferir o documento acionou a PM. Durante a prisão da suspeita, a mulher contou aos militares que procurou o gabinete do vereador Antônio Geraldo Benedito (PC do B), o Toninho Bethânia, para tentar regularizar o documento do carro.
Em seu depoimento, o proprietário do cartório relatou que, o selo do documento datado em agosto de 2014, possivelmente foi reutilizado de outros documentos, e que a assinatura da CRV, e as demais letras do carimbo foram adulteradas. O dono do cartório relatou no boletim que a assinatura do certificado também foi falsificada, já que o documento foi datado em agosto, e o dono do carro teria morrido em março do mesmo ano.
A suspeita ainda disse que passou um documento em branco para um assessor do parlamentar do vereador, e depois recebeu o documento já preenchido e selado e encaminhou até o cartório para autenticar a assinatura e fazer a transferência do veículo.
Segundo o cartório, esta não é a primeira vez que o nome do vereador aparece envolvido na prática deste delito.
SEM COMENTÁRIOS
A suspeita foi presa em flagrante na época do crime, e o documento do carro apreendido. O inquérito foi instaurado pela PC, e o delegado responsável, Ricardo Cesari, disse que somente vai se pronunciar sobre o assunto nos próximos dias. A assessoria do vereador Toninho Bethânia não quis comentar o fato.
O proprietário do cartório confirmou as informações relatadas no boletim de ocorrências, e disse que esse tipo de crime ocorre constantemente dentro do local e que sempre que identificado, a polícia é acionada.
Na data do delito, a suspeita foi presa em flagrante. Ela foi encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil, ouvida e liberada.
