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Vale do Aço: Kalil questiona “Estado eficiente” de Zema e aponta abandono da BR-381

Candidato ao governo de Minas pelo PSD ressalta importância da região para a indústria, mas que está agonizando com abandono por parte da atual gestão

IPATINGA – Para o candidato do PSD ao governo de Minas, Alexandre Kalil, o Estado deve priorizar a recuperação das rodovias, regulamentar e fiscalizar as concessões, quando elas forem necessárias. Em entrevista à Rádio Cidade, de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, ele lamentou as condições das estradas que cortam a região.

“Até quando a gente vai aceitar o nome de ‘Rodovia da Morte’ para a BR-381? O presidente da República virou as costas e o governo de Minas também não fez nada pelo Vale do Aço. A pergunta que eu quero que as pessoas de Fabriciano, Ipatinga e Timóteo façam a si mesmas é a seguinte: o que o governador fez para minha cidade?”, questionou.

A BR-381 interditada por deslizamento de pedras no trecho do município de Timóteo

PEDÁGIO

Kalil ressaltou que o atual governador optou pelo modelo de concessões, com a cobrança de pedágio nas rodovias, mas defende que sejam definidas regras claras para a prestação do serviço.

“Se tem pedágio, tem que ter gente para tomar conta disso, porque estamos caminhando nas estradas pelo mesmo caminho da mineração. O governo de Minas não criou uma agência regulatória. Quer que a iniciativa privada tome conta do Estado inteiro”, afirmou.

ESTADO EFICIENTE?

Na entrevista à rádio de Coronel Fabriciano, Kalil ainda citou graves problemas enfrentados pelos mineiros, devido à ausência do atual governo, e a dívida acumulada pela atual gestão. Zema herdou R$ 28 bilhões de dívida corrente, com fornecedores, que após três anos e meio de governo está em R$ 58 bilhões.

“Eu pergunto: que Estado eficiente é esse? A Copasa é eficiente? A Cemig é eficiente? O DER é eficiente?”, questionou, pedindo que a população faça uma comparação entre a sua gestão à Prefeitura de Belo Horizonte e a do atual governador Romeu Zema em Minas Gerais.

Kalil ressaltou que o atual governador optou pelo modelo de concessões, com a cobrança de pedágio nas rodovias, mas defende que sejam definidas regras claras para a prestação do serviço

Kalil lembrou ainda dos graves problemas que têm sido noticiados nos últimos dias em Minas Gerais. “Ontem, foi denunciado que estava sendo servida comida podre a garotos num centro de detenção. Hoje, a Cemig aparece em 35º lugar entre as 53 empresas de energia elétrica, essa empresa que já foi a primeira. Começamos as aulas na semana passada sem professores nas escolas. Esses dias faltou água em 50 bairros da Região Metropolitana de Belo Horizonte”.

A DIFERENÇA

Perguntado durante a entrevista sobre o Kalil atleticano e o Kalil político, distinguiu. “O Kalil torcedor de futebol é irracional, pensa só no seu clube, no seu time, e é muito gostoso isso, é o melhor brinquedo do mundo. Dizem que é a coisa mais importante do mundo entre as menos importantes. Já o prefeito foi prefeito de atleticanos e cruzeirenses”, disse Kalil, listando algumas de suas entregas como prefeito.

“Eu abri um posto de saúde a cada dois meses, abri um hospital de 455 leitos, recapeei a cidade, abri escolas, reformei 240 escolas, abri 30 mil vagas para alunos atleticanos e cruzeirenses. Na pandemia, eu fui agredido, mas depois até a Europa falou que no Brasil quem soube cuidar da população durante a pandemia da Covid-19 foi a Prefeitura de Belo Horizonte. Essa é a diferença”.

O candidato do PSD ao governo de Minas disse que em breve vai visitar o Vale do Aço em companhia do ex-presidente Lula, que o candidato do PT à presidência da República fez questão de incluir na agenda, dada a importância da região para indústria e economia de Minas Gerais.

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