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Usiminas volta a apresentar resultado operacional positivo

O volume de vendas de aço no 1º trimestre totalizou 903 mil toneladas, uma queda de 25% na comparação com o 4º trimestre de 2015, quando foram vendidas 1,2 milhão de toneladas  (Créditos: Arquivo DP)

IPATINGA
– A Usiminas reduziu em 91% o prejuízo líquido no 1º trimestre de 2016 (1T16), de R$151,4 milhões, na comparação com o resultado apresentado no 4º trimestre de 2015 (4T15), de R$1,6 bilhão, quando os resultados da empresa foram impactados principalmente por efeitos extraordinários relacionados a baixas contábeis (impairment) dos ativos. Por outro lado, o EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) voltou a ser positivo no 1T16, em R$51,6 milhões, contra R$249,9 milhões negativo no 4T15.

Destaca-se o fato de que, ainda que fossem excluídos os efeitos extraordinários do resultado positivo de baixa e venda de ativos (no valor de R$ 72,0 milhões) e do resultado negativo da venda de energia elétrica excedente (no valor de R$40,8 milhões), mesmo assim o EBITDA Ajustado continuaria positivo em R$20,4 milhões no 1T16, o que mostra uma melhoria do resultado operacional da Companhia.

VENDAS
O volume de vendas de aço no 1T16 totalizou 903 mil toneladas, uma queda de 25% na comparação com o 4T15, quando foram vendidas 1,2 milhão de toneladas. Em relação ao mercado interno, também houve redução de 14,1% das vendas, que totalizaram 758 mil toneladas no 1T16, contra 882 mil toneladas no 4T15. Os números refletem a estagnação do mercado doméstico, que apresentou forte queda no consumo em decorrência da desaceleração da atividade industrial no período.

Além disso, houve redução de 55,0% nas vendas para o mercado externo, com 145,3 mil toneladas vendidas no 1T16, contra 322,9 mil toneladas no 4T15. A queda deve-se à maior seletividade nas exportações, possibilitada pela redução do excesso de produção, em razão da paralisação temporária das áreas primárias da planta de Cubatão. Já o mix de mercado apresentou melhora, com volume de vendas de 85,2% no mercado interno e 14,8% nas exportações.

INVESTIMENTOS
Os investimentos totais da Usiminas no 1T16 foram ajustados para R$70,1 milhões, 58,6% inferiores aos registrados no 4T15, de R$169,2 milhões. O número se deve, principalmente, ao trabalho da Companhia em priorizar seus gastos em relação ao caixa. Os investimentos foram aplicados principalmente na manutenção e atualização tecnológica das unidades.

AVANÇOS
No 1T16, houve importantes avanços no processo de readequação do perfil da dívida da Usiminas em virtude do momento econômico e da queda de consumo de aço. Com a aprovação de um aumento de capital de R$1,0 bilhão por parte dos acionistas, foi concedido pelos principais credores da Usiminas um acordo de standstill de 120 dias para que a empresa renegocie sua dívida para um perfil de vencimento mais adequado. Em 31/03/16, a dívida bruta consolidada era de R$7,4 bilhões, contra R$7,7 bilhões em 31/12/15, uma redução de 5,8%, principalmente em função da valorização do Real frente ao Dólar de 8,9%.

MINERAÇÃO

No 1T16, o volume de produção foi de 701 mil toneladas, 6% maior que as 660 mil toneladas produzidas no 4T15. Também houve aumento do volume de vendas registrado no 1T16, de 974 mil toneladas, contra 670 mil toneladas no 4T15, o que representa um crescimento de 45%.

Ações focadas permitiram bons resultados, avalia Rômel

Ipatinga – O presidente Rômel Erwin comentou nesta segunda-feira, durante teleconferência com analistas de mercado, o resultado da Usiminas no primeiro trimestre de 2016. “Todos nós já sabemos das perspectivas econômicas para o mercado brasileiro em 2016. Portanto, sabemos que medidas devem ser tomadas para minimizar os impactos”, sinalizou o presidente da Usiminas, vislumbrando a persistência um cenário de crise econômica e política.

Rômel lembrou que a Usiminas sempre agiu com foco e este direcionamento das ações permitiram que a companhia obtivesse bons resultados. “Neste primeiro trimestre citamos nossas principais ações: reconfiguração industrial com a paralisação das áreas primárias da usina de Cubatão; adequação de quadros, estrutura e a consequente redução de despesas; venda de ativos; redução de CAPEX por priorização e controle; estrito controle de capital de giro e redução de estoques”, elencou, afirmando que tais medidas permitiram a melhoria de resultados.

Negociações
O presidente da Usiminas Rômel Erwin destacou ainda as negociações com os credores. “Temos que também salientar as negociações com nossos credores, que nos permitiu a obtenção de standstill e agora a renegociação de nossa dívida, que está em estado bem avançado. Isso somente foi possível pela apresentação de propostas de capitalização pelo conselho da Usiminas, referendada pela assembleia de acionistas. Estes fatos – a renegociação com nossos credores e a aprovação da capitalização – são demonstrações claras de confiança na Usiminas por parte de nossos acionistas e credores”, disse o executivo.

Rômel contou ainda que neste início de ano esteve no Japão e nos Estados Unidos para receber, em nome da Usiminas, prêmios internacionais de alguns dos principais clientes da siderúrgica, o que atesta a qualidade dos produtos e serviços e a capacidade da empresa de atender bem.

“Continuamos focados em ações que sejam capazes de melhorar os nossos resultados, como demonstração de nosso compromisso com acionistas, investidores, clientes, credores, empregados e comunidades onde atuamos. Nossas linhas mestras são a credibilidade e a liquidez, que dão sustentação aos nossos negócios”, finalizou o presidente da Usiminas.

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