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Usiminas registra prejuízo de R$ 87 milhões no 2° trimestre

O presidente da Usiminas, Julián Erguren, durante abertura da Expo Usipa: entre os desafios da empresa estão recuperar a produtividade e reduzir custos    (Crédito: Grão Fotografia)

 

IPATINGA – A Usiminas obteve, no segundo trimestre de 2012, um prejuízo líquido de R$ 87 milhões, revertendo o lucro de R$ 157 milhões registrado em igual período do ano passado.
No primeiro trimestre deste ano, a companhia já havia apresentado prejuízo de R$ 37 milhões.
No acumulado de janeiro a junho, a Usiminas teve prejuízo de R$ 123 milhões, após lucro de R$ 173 milhões em igual período de 2011.
De acordo com a companhia, o desempenho apresentado teve sua principal influência no impacto contábil não caixa, causado pela desvalorização do real. Isso porque a companhia registrou melhores resultados comerciais e de produção do que os obtidos no trimestre passado.
As vendas físicas totais apresentaram, no segundo trimestre deste ano, o melhor resultado desde o terceiro trimestre de 2008: 1,9 milhão de toneladas, crescimento de 25% em relação aos primeiros três meses do ano. Consequentemente, a receita líquida do período chegou a R$ 3,2 bilhões, 12% maior do que no trimestre passado. Contribuiu para este resultado um aumento de 7% nas vendas para o mercado interno, que atingiram 1,3 milhão no período. Já as exportações aumentaram no 2º trimestre e chegaram a 561 mil toneladas, com aumento de 111% em relação ao período inicial do ano. O crescimento foi motivado pela boa performance de vendas ao mercado latinoamericano e, em alinhamento com a estratégia de redução do capital de giro, pela venda de produtos de estoque ao mercado asiático, principalmente.
A produção de aço bruto nas usinas de Ipatinga e de Cubatão também evoluiu: 1,8 milhão de toneladas, 10% superior ao trimestre anterior. Em prosseguimento às ações de melhoria da competitividade industrial, a companhia desativou equipamentos de baixa ocupação e produtividade, como a Coqueria 1 (Ipatinga), o Lingotamento Contínuo 1 (Cubatão), duas plantas de regeneração de ácido clorídrico (Cubatão), além de duas linhas de tesouras (Ipatinga e Cubatão), cuja produção será transferida para a Soluções Usiminas. Esse conjunto de ações representará uma economia anual da ordem de R$ 50 milhões e trarão maior eficiência à linha produtiva.
Em paralelo, companhia registrou recordes de produtividade na Coqueria 3 (Ipatinga), no sequenciamento da Lingotamento Contínuo (Ipatinga) e no Laminador de Tiras a Frio (Ipatinga), que atingiram picos de produção jamais registrados na história da companhia. Outro aspecto é a centralização da gestão das atividades de manutenção, contribuindo para a redução de custos e para a maior confiabilidade operacional dos equipamentos.
Segundo Ronald Seckelmann, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, diante de um cenário econômico de desafios para siderurgia brasileira, a gestão financeira da Usiminas tem priorizado um rígido controle do caixa e da dívida, priorização de investimentos e a redução dos custos de produção e despesas, em geral. “Esse conjunto de ações já estão começando a se reverter na melhoria gradativa de margens operacionais. E, em que pese essa austeridade financeira, buscamos dar firme curso à priorização de investimentos em mineração, enobrecimento de mix de aço e modernização tecnológica das unidades, que nos levarão a obter ganhos de competitividade no médio e longo prazo”, afirma.

 

Ações da empresa têm alta
São Paulo
– As ações da Usiminas tinham nesta terça-feira um novo dia de forte alta na bolsa paulista, após a siderúrgica ter anunciado prejuízo trimestral bem abaixo da estimativa de analistas, conforme reportagem publicada no Portal Exame.
A companhia anunciou na véspera prejuízo líquido de 86,5 milhões de reais no segundo trimestre, ante estimativa de prejuízo de 205,8 milhões de reais.
O resultado também veio acompanhando por sinais de que começaram a perder força os problemas operacionais que pesaram sobre a siderúrgica nos últimos 18 meses.
A produção e as vendas aumentaram, enquanto as despesas recuaram e as receitas tiveram alta. Além disso, a eficiência nas fábricas da Usiminas aumentou.
“Acreditamos que os resultados do segundo trimestre marcaram o ponto mais baixo para os ganhos da Usiminas”, disse o analista do Goldman Sachs, Marcelo Aguiar, em relatório.

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