BRASÍLIA – A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lançou edital para a escolha da empresa que ficará responsável pelo projeto de reforma da fachada do Museu Nacional, destruído por um incêndio no dia 2 de setembro do ano passado.
A informação foi dada hoje (12) pelo diretor do Museu Nacional, Alexandre Kellner, após visita ao que restou do prédio do Museu Nacional, cinco meses após o incêndio que durou mais de seis horas e destruiu cerca de 20 milhões de itens que contavam parte significativa da história do país.
“Já está na rua o edital para a confecção de projetos básicos para o início da restauração do nosso museu. Ainda não é o projeto definitivo para a recuperação do prédio, mas apenas da fachada do prédio, cujo valor deverá ficar um pouco acima de R$ 1 milhão”, disse Kellner.
A expectativa é que as obras tenham início ainda este ano.
ABERTO À IMPRENSA
Pela primeira vez, cinco meses após o incêndio, o palácio que abrigava o Museu Nacional do Rio de Janeiro, foi aberto para a imprensa, e parte do acervo recuperado foi apresentado.
Segundo ele, para a recuperação total do Museu Nacional, a UFRJ já dispõe de R$ 71 milhões. Desse total, R$ 55 milhões foram obtidos a partir de emenda parlamentar para a reconstrução do Palácio Imperial e que já constam do orçamento da União para este ano.
Outros R$ 15 milhões foram alocados pelo Ministério da Educação (MEC) e parte deles (R$ 10 milhões) estão sendo utilizados de forma emergencial na estrutura criada para viabilizar as obras de escoramento da estrutura física do museu e também na própria montagem deste escoramento e da cobertura provisória das instalações.
EXPOSIÇÃO
Ele adiantou que o Museu Nacional pretende realizar ainda este ano uma exposição com todo o acervo e as peças que estão sendo recolhidas dos escombros do Palácio Imperial. Entre elas, raridades como o Crânio de Luzia, o fóssil mais antigo das Américas, e o meteorito Bendegó, que resistiram ao fogo.