Policia

Tribunal inocenta e coloca soldado Victor em liberdade

Soldado Victor ainda será julgado por mais uma acusação de homicídio (Créditos: TJMG)

BELO HORIZONTE – Já está em liberdade o soldado da Polícia Militar Victor Emmanuel Miranda de Andrade. O PM teve o alvará de soltura expedito pela Justiça nesta terça-feira (29) depois de ser absolvido em julgamento popular ocorrido na última segunda-feira (28) no 1º Tribunal do Júri no Fórum de Belo Horizonte. Com a liberdade, o policial que estava acautelado em um Batalhão da PM em BH, volta a exercer suas funções no quartel em Lavras, onde é lotado.

Além de Victor, foi julgado o “coiote” Joaquim Pereira de Moura, que não compareceu à sessão por estar foragido. Ambos respondiam pela morte do comerciante Eduardo Luiz da Costa, ocorrida em 2007. O julgamento que começou na manhã de segunda (8h30) terminou por volta de 4h da madrugada desta terça. Foram ouvidas 14 testemunhas de defesa e acusação.

O advogado de defesa do PM, Obregon Gonçalves, manteve a tese de negativa de autoria. O Conselho de Sentença formado por sete pessoas inocentou o soldado Victor por unanimidade. “Os jurados entenderam que não foi o meu cliente quem matou a vítima. Não tinha prova nenhuma contra Victor. Foi um processo construído em cima de testemunhas anônimas e no que ‘ouviu dizer’. Testemunho que não tem valor não pode ser aceito como prova”, defendeu Obregon.

ACUSAÇÃO
Conforme a denúncia do MP, Victor e Joaquim teriam planejado e executado o homicídio. Segundo informações do inquérito, o crime foi cometido por um homem em uma moto verde que passou e efetuou vários disparos contra Eduardo. Em 2007, o assassinato foi investigado, mas não houve conclusão. O caso foi reaberto pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Belo Horizonte após a morte do jornalista Rodrigo Neto.

A motivação apontada no inquérito para o homicídio é que a vítima devia cerca de R$ 12 mil para Joaquim Pereira de Moura, que atuava como coiote facilitando a entrada ilegal de pessoas nos Estados Unidos. Na época do crime, Eduardo havia retornado há pouco tempo do país, onde permaneceu por dois meses e foi deportado.

Ainda de acordo com as investigações da Polícia Civil, a vítima mantinha um relacionamento amoroso com a ex-companheira do cabo da PM Amarildo Pereira de Moura, irmão de Joaquim, e que também teria participado da trama do assassinato. Os dois irmãos teriam um vínculo de amizade com Victor Emmanuel e uniram forças para matar Eduardo. Amarildo foi assassinado a tiros em fevereiro do ano passado.

OUTROS

Este é o terceiro crime de homicídio do qual o militar Victor Emmanuel é absolvido. Ele ainda será julgado pela morte do comerciante Ricardo de Souza Garito, ocorrida em 2007, no bairro Canaãzinho. O caso que tramitava na 2ª Vara Criminal de Ipatinga foi desaforado em setembro deste ano para a Comarca de Belo Horizonte. Ainda não tem data marcada para o Júri Popular.

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