Policia

Traficante que matou ex-parceiro por ciúme é condenado a 14 anos

Após ser alvejado por carona de motocicleta, Istargil bateu contra um poste, morrendo no local (Crédito: Arquivo DP)

IPATINGA – Foi condenado em julgamento realizado nesta quinta-feira (29) no Fórum de Ipatinga, o jovem Douglas Chaves Sobrinho, o Doguinha, de 21 anos. Ele foi considerado culpado pelo assassinato de Warley Istargil Oliveira, 18 anos, crime ocorrido no dia 16 de outubro do ano passado e por isso recebeu pena de 14 anos de prisão em regime inicialmente fechado.

Na ocasião do homicídio, Warley dirigia um Honda Fit, placa DRK-0477, pela avenida Londrina, no bairro Veneza, quando foi surpreendido por uma motocicleta em que estavam duas pessoas. O carona efetuou vários disparos contra Warley, acertando o tórax e o braço esquerdo da vítima.
Warley foi atingido com o carro em movimento e perdeu o controle da direção, batendo contra um poste. O jovem morreu no local, antes mesmo da chegada do socorro médico.

PRISÃO
Em fevereiro deste ano, Douglas Chaves foi preso em uma operação da Polícia Civil, no Centro de Ipatinga, e levado ao Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) da cidade, onde aguardou o julgamento.
Além de ser apontado como assassino de Istargil, Doguinha também foi considerado como líder de uma gangue do bairro Veneza que disputava pontos de tráfico de drogas com bandidos do bairro Planalto.

O inquérito foi concluído no início deste ano e os autos encaminhados ao Ministério Público. Conforme a denúncia do MP, encaminhada ao Judiciário em 1º de abril, a vítima e o acusado eram amigos e exerciam juntos atividades ilícitas de tráfico de drogas na região do bairro Veneza.

TRIÂNGULO AMOROSO
Entretanto, Douglas teria passado a se relacionar afetivamente com uma ex-namorada de Warley, o que teria causado o rompimento da parceria dos dois. O relatório da promotoria pediu ainda que Douglas fosse condenado pelo crime de homicídio duplamente qualificado.

Na sessão de ontem, presidida pelo juiz Antônio Augusto Calaes, a acusação ficou a cargo do promotor Bruno César Jardini e nove testemunhas foram ouvidas. Por volta das 15h, o júri se reuniu e decidiu acatar a denúncia do Ministério Público, que apontou duas qualificadoras para o crime: motivo fútil com recurso que dificultou a defesa da vítima.

PRIMÁRIO
A favor do acusado, pesou o fato de ser réu primário. Ainda assim, a sentença estabelecida para ele foi de 14 anos de reclusão em regime inicialmente fechado e sem o direito de recorrer em liberdade.

A defesa de Douglas ficou a cargo dos advogados Eliseu Borges Brasil e Jarbas Nunes da Fonseca. Ao final da sessão, os advogados afirmaram que irão recorrer da sentença. “As provas apresentadas são muito fracas. Ele (Douglas) não tinha motivos para matar o Warley”, afirmou Eliseu Borges.

Douglas Chaves Sobrinho seria levado ainda ontem (30) para a penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba, onde cumprirá a pena estabelecida pelo Judiciário ipatinguense.

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