Cidades

Timóteo previne e trata tabagismo na rede pública

TIMÓTEO – A rede pública de saúde deu o primeiro passo para iniciar o tratamento de tabagistas no município. Integrantes das equipes de Saúde da Família participaram nesta quarta-feira de uma capacitação promovida pela Superintendência Regional de Saúde (SRS) com vista à implementação de um programa de prevenção, combate e tratamento do hábito de fumar, considerado, desde 2004 pelo Ministério da Saúde, uma patologia a ser tratada pelo SUS.

A Secretaria de Saúde informa que integrantes das 15 equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) participaram da capacitação, além de integrantes das equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que conta com psicólogo, nutricionista, educador físico, assistente social, fonoaudiólogo e fisioterapeuta. O objetivo é formar grupos de trabalho nas unidades de saúde para o início do programa, que será direcionado primeiramente aos servidores da Saúde que ainda fumam.

A palestra foi ministrada pela nutricionista da SRS, Aline Eliane dos Santos, que afirma que 30% da população adulta no mundo é fumante. Entre os tabagistas, cerca de 80% já desenvolveu algum grau de dependência física e/ou psicológica. Também 80% dos fumantes pretende deixar de fumar, mas apenas 3% conseguem anualmente. “Mesmo sem o tabaco, a dependência pode permanecer o resto da vida. O que fica é o controle”, esclarece Aline Santos.

ESTRATÉGIAS

A implantação do programa se inicia com os próprios servidores da Secretaria de Saúde e visa evitar o fumo em unidades. O objetivo é evitar que se fume em áreas internas das unidades, colocando outras pessoas em contato com a fumaça. Serão criados grupos onde o hábito do tabagismo será debatido. Fatores como estresse, solidão, associação com outras drogas etc.

Posteriormente, o programa será levado aos tabagistas identificados na comunidade atendida pela unidade para a formação de grupos. Além das orientações, os pacientes serão avaliados por médicos, enfermeiros, nutricionistas e diversos profissionais. E, em alguns casos, serão tratados com medicamentos como bulpropiona e com nicotina em adesivos e gomas de mascar. Os medicamentos são fornecidos pelo governo federal através do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Segundo a chefe da Vigilância em Saúde, Eunice Silva Silveira, os trabalhos com a comunidade devem ser implantados já nos próximos meses. Para ela, o programa de combate ao tabagismo pode ser um grande inibidor de casos de câncer, além de problemas respiratórios e até exclusão social. “O fumante perdeu muito espaço na sociedade, o que o torna um excluído. E até isso pode ser um problema”, encerrou Eunice.

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