Cidades

Secretaria propõe corrente de orações contra violência

De acordo com o Coronel Ramalho, que responde pela Sescon, a proposta é que as comunidades cristãs se unam numa “corrente de orações” para pedir paz social

IPATINGA – A onda de violência e mortes de jovens na região dos bairros Veneza II, Planalto e Parque das Águas está provocando a mobilização das comunidades. Na tarde desta quarta-feira (3), por iniciativa da Secretaria Municipal de Segurança e Convivência Cidadã (Sescon), representantes de mais de 20 igrejas católicas e evangélicas que atuam na regional se reuniram com o vice-prefeito Coronel Ramalho, no auditório do 7º andar da PMI, para programar uma série de atividades que têm a finalidade de chamar a atenção dos moradores para o tema da criminalidade.

De acordo com o Coronel Ramalho, que responde pela Sescon, a proposta é que as comunidades cristãs se unam numa “corrente de orações” para pedir paz social na cidade. “Conseguimos unir todas as igrejas cristãs e, a partir de agora, vamos intensificar as conversas com as famílias e os moradores, para que possamos enfrentar a violência”, afirma o vice-prefeito, citando também que a Prefeitura planeja uma reestruturação urbana dos bairros onde, nos últimos dias, foram registradas diversas ocorrências de mortes supostamente motivadas por brigas de gangues e tráfico de drogas.

Na reunião desta quarta-feira foi apresentada a experiência bem sucedida do projeto “Impactando Vidas”, promovido no Bom Jardim. Conforme um dos organizadores, o advogado José Geraldo Capelinha, o movimento surgiu em 2010, quando o bairro registrava uma série de homicídios e altas taxas de criminalidade. “Desde aquela época, mobilizamos a comunidade e tivemos a adesão dos moradores, através de atos públicos, caminhadas e participação das igrejas, sendo possível cessar a lista de mortes violentas no bairro”, descreve Capelinha.

Na opinião do pastor Isaías, na igreja Templo de Missões, a proposta da Sescon de levar o “Impactando Vidas” até o Veneza II, Planalto e Parque das Águas representa um grande passo para garantir a convivência social pacífica na região. “A união das igrejas é o melhor sinal de que essa mobilização vai dar certo”, acredita.

Para a moradora do Parque das Águas e integrante da comunidade católica Divino Espírito Santo, Maria José de Sousa, a iniciativa de utilizar a palavra de Deus para fortalecer os laços familiares é fundamental. “A partir de agora, vamos sair às ruas, nas escolas e igrejas, para conversar com as pessoas e tentar ajudar aqueles moradores que enfrentam dificuldades, pois temos de dar um basta na violência”, finaliza.

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