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Salgueiro revive Ópera dos Malandros

RIO – Os Acadêmicos do Salgueiro, ao entrar na segunda-feira (8), na Marquês de Sapucaí, na Passarela do Samba, vai ser uma malandragem só. A escola vai lembrar na avenida que a Ópera dos Malandros tem lugar para todos.
O malandro que samba miudinho para apresentar a obra em seis atos, “o tipo que entra faceiro na roda, abre o jogo e fecha com os seus” o que “vai flanando triunfal por entre deuses e meretrizes, rainhas e monarcas…”. Tem, ainda, o mestre-sala das alcovas, o bailarino dos salões, o cavaleiro errante dos morros cariocas, “o pensador dos botequins, filósofo das mesas de bar!”, e para encerrar o malandro “de fé, que fecha o corpo e abre os caminhos ao próprio destino”. Todos esses personagens estão no texto de apresentação do enredo e desfilarão na Sapucaí.
Carnavalesco Renato Lage critica escritica esquema de julgamento dos desfiles das escolas de samba
Carnavalesco Renato Lage critica esquema de julgamento dos desfiles das escolas de samba do Grupo EspecialCristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil
Na avaliação do carnavalesco, Renato Lage, que há 13 anos está no Salgueiro, nunca houve no carnaval carioca a situação de ter uma entidade espírita concedendo um patrocínio para uma escola, como ocorre este ano com o Salgueiro.
“Não é o seu Zé Pilintra, e sim, o seu Rei da Ginga, o malandro mineiro de seus 500 anos que queria participar desta festa pagã que tem tudo a ver com ele. O samba, a malandragem e ele está bancando isso em uma visão mais poética. A gente não critica ninguém, não faz crítica política, nem social do malandro, desses políticos malandros. A gente fala do malandro poético”, explicou.

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