Cidades

Robson se diz vítima de má vontade e preconceito

Robson Gomes: “O tempo todo percebi que há um preconceito e uma má vontade de alguns comigo. Má vontade criada pelo discurso covarde dos meus opositores e pela pseudo elite local”, declarou

IPATINGA – O prefeito Robson Gomes (PPS) escolheu fazer o balanço do seu governo no informativo do seu partido, um meio de comunicação mais confortável e livre de questionamentos.

O jornal impresso, que circulou a partir de meados da semana passada, traz uma entrevista dele feita pelo jornalista Julio Cesar Soares, secretário estadual de comunicação do PPS em Minas. Numa conversa denominada de “franca e aberta”, o atual prefeito de Ipatinga resolveu abrir seu coração para o entrevistador.

Ele fez uma breve prestação de contas, falou de instabilidade, mágoas e da má vontade de alguns contra seu governo por ser ele um homem público simples. “Talvez o meu erro tenha sido acreditar demasiadamente nas pessoas. Confesso que, enquanto prefeito, vivo vinte e quatro horas sob pressão, preocupado com as armações feitas pelos adversários. O tempo todo percebi que há um preconceito e uma má vontade de alguns comigo. Má vontade essa, criada pelo discurso covarde dos meus opositores e pela pseudo elite local, que nunca aceitou um homem pobre e de origem simples ter se tornado prefeito de Ipatinga”, declarou.

Confira alguns trechos da entrevista.

PERGUNTA O senhor teve uma participação tímida na eleição municipal deste ano. Por que preferiu não se candidatar a reeleição?
ROBSON – Primeiramente, quero deixar claro que nunca na minha vida tive sede de poder. Sou de origem simples, meu pai, que faleceu recentemente, era um mestre de obras. Seria uma irresponsabilidade minha pensar em reeleição com os problemas administrativos e financeiros que a cidade vive. Meus opositores conseguiram implantar no inconsciente coletivo um terror administrativo que na prática nunca existiu. Tivemos sim, vários problemas, mas a instabilidade política na cidade não fui eu quem criei. É bom lembrar as pessoas de memória que em 2008 apoiei para prefeito Chico Ferramenta e ganhamos a eleição. No entanto, o Chico nunca nos falou que a justiça não o deixaria tomar posse. Depois, vencemos a eleição extemporânea com o voto de quase 75 mil ipatinguenses.

PERGUNTA -Quando o senhor fala de má vontade e preconceito, a quem está se referindo? Poderia citar alguns nomes?
ROBSON – A relação com parte da Câmara foi difícil o tempo todo. Não gostaria de citar nomes, mas vou dar um único exemplo, o vereador Sebastião Guedes do PT. É uma pessoa que conviveu comigo a vida inteira, conhece a minha simplicidade e o meu modo de viver. Me atacou de todas as formas que foi possível, ele se preocupou em articular ações para desestabilizar nosso governo. O que eu acho estranho é que ele nunca fez o mesmo contra os governos do PT, que hoje carregam na justiça um caminhão de processos.

PERGUNTA -Com tantos problemas enfrentados até aqui, enquanto ser humano, qual a sensação que o senhor está tendo ao deixar o cargo de prefeito no município de Ipatinga?

ROBSON – Lamento não ter podido fazer tudo que queria. Durante todo este período o que mais me atrapalhou administrar foi a oposição raivosa feita por uma pequena parcela de vereadores e partidos políticos. Enquanto ser humano, saio muito machucado. Não sou e nunca serei pessoa que me pintaram. Tenho a consciência tranquila de que com a minha simplicidade, e com as diversas dificuldades que enfrentei, fiz tudo que era possível ser feito.

PERGUNTA –Qual a mensagem final o senhor deixa para a população Ipatinga?
ROBSON – Primeiramente, espero que a Cecília possa cumprir todas as suas promessas de campanha. Torço para que a economia brasileira volte a crescer e a arrecadação do município melhore nos próximos anos. Agradeço à população de Ipatinga e peço desculpas por não ter podido fazer mais. Desejo boas festas a todos e um ano novo de muita fraternidade, solidariedade e amor ao próximo. Obrigado, Ipatinga.

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