Policia

Quadrilha é indiciada por morte de rapaz em um bar no Veneza

IPATINGA – Cinco pessoas foram indiciadas pelo assassinato de Welisson Lopes da Silva, 26 anos, morto a tiros em novembro deste ano em um bar no bairro Veneza II. Três deles já se encontram presos. Trata-se de Weder Lucas da Silva, o “Dedé”, 28 anos, Lucas Henrique da Silva, o “Beiço”, de 20 anos e Waquiller Rodrigo Costa Bicalho, vulgo “Digão”, 19 anos. Dois acusados ainda permanecem foragidos.

O bando faz parte de uma quadrilha do bairro Planalto, que teria rixa com uma gangue do bairro Veneza II. No dia do assassinato, os acusados estavam em um Polo preto e ao chegarem num bar no bairro Veneza II, efetuaram vários disparos, que atingiram Welisson. A Polícia conseguiu desvendar o mistério do crime. No dia, o alvo dos assassinos era Felipe Flander, pertencente ao grupo rival do bairro Veneza.

POR ENGANO
Welisson e Felipe estavam juntos no estabelecimento comercial quando os atiradores chegaram. Felipe conseguiu fugir. Já Welisson, que estava de costas, acabou sendo baleado. Um dos tiros lhe atingiu as costas e o outro a perna, e ele morreu no local.

A delegada responsável pelo inquérito, Irene Angélica Franco, não tem dúvidas de que Welisson morreu por engano, já que ele não possuía nenhuma ligação com os grupos rivais do Veneza e Planalto. “Então chegamos à conclusão de que foi uma ação do bando de criminosos do bairro Planalto contra pessoas que participam de criminalidade no bairro Veneza, o que não era o caso da vítima que morreu. Welisson estava no bar apenas conversando com um integrante desse bando do grupo do Veneza e, infelizmente, como ele estava de costas para a rua, não viu a aproximação do veículo com os atiradores”, esclarece a delegada. No dia da morte de Welisson os próprios parentes acreditaram na possibilidade de ele ter sido morto por engano.

PRESO
Após o tiroteio, os suspeitos saíram em alta velocidade em direção ao bairro Cidade Nova, em Santana do Paraíso. O veículo, que havia sido roubado um dia antes do assassinato, foi encontrado abandonado na estrada de acesso a uma fábrica de colchões. No mesmo dia, um dos suspeitos – “Beiço” -, foi detido, mas, como não havia provas concretas de sua participação no crime, acabou sendo liberado. Dias depois, durante as investigações, a polícia constatou que ele havia participado diretamente da morte de Welisson e acabou sendo preso, conforme mandado de prisão expedido pela justiça.

QUADRILHA
Além do homicídio de Welisson, os cincos acusados foram indiciados por roubo, formação de quadrilha e tentativa de homicídio (contra Felipe, que era alvo dos assassinos no bar do Veneza). “Essa quadrilha tem praticado crimes contra o patrimônio público e também esses crimes de homicídios que têm acontecido como retaliação a um fato inicial que começou em 2010”, pontua a delegada.

VINGANÇA
Inicialmente, a quadrilha do bairro Planalto era formada por sete integrantes, além dos cinco indiciados pelo homicídio de Welisson, um menor também integrava o bando, e Warley Estargil Oliveira, 18 anos, morto no dia 16 de outubro na avenida Londrina no Veneza II. A vítima conduzia um Honda Fit e foi perseguido na avenida por uma moto que se emparelhou ao veículo e o carona efetuou vários disparos contra Warley. A vítima foi atingida com o carro em movimento e perdeu o controle da direção, chocando-se contra um poste, e morreu no local. Warley foi baleado na testa, na boca, no peito e no braço esquerdo. “Outras quadrilhas que também estiverem envolvidas nestes fatos criminosos em breve serão desarticuladas”, garante Irene.

Warley tinha um filho de dois anos, morava sozinho na rua Nossa Senhora das Graças, no Centro de Ipatinga, localidade conhecida como “cracolândia”, e no dia de sua morte, nenhum dos parentes soube dizer como era a vida de Warley, já que a vítima vivia afastada dos familiares.


Warley foi perseguido e morto; Welisson foi morto a tiros por engano

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