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PT e PSDB se juntam para apoiar a candidatura do PSB na Capital

BH – O PT e o PSDB de Belo Horizonte estarão juntos no palanque do prefeito Marcio Lacerda (PSB), que tentará se reeleger em Belo Horizonte (MG). O nome do candidato a vice ainda será indicado pelo PT.
Apesar de o PT de BH ter aprovado no seu encontro municipal neste domingo (25) tese em que diz não querer na aliança partidos que nacionalmente fazem oposição ao governo Dilma Rousseff, o documento aprovado por 53,2% deixa a decisão para Lacerda resolver. Como o prefeito, reiteradas vezes, já declarou que o PSDB integrará formalmente a sua aliança, petistas e tucanos vão dividir espaço no palanque do PSB, apesar das críticas públicas que têm trocado nas últimas semanas.
A forma como a aliança foi aprovada foi necessária, segundo os defensores da coligação mesmo com o PSDB, para que não fossem surpreendidos com defecções de delegados das correntes majoritárias.

DISSIDÊNCIA
Com a tese da candidatura própria derrotada desde a semana passada, os adeptos dela, caso do vice-prefeito Roberto Carvalho, se juntaram ao grupo dos dissidentes da corrente Articulação e defenderam a aliança com o PSB sem o PSDB. Essa tese teve 46,8% dos votos.
Patrus Ananias, ex-ministro do Desenvolvimento Social, disse após o anúncio do resultado que foi uma "decisão sofrida".
Ao defender a tese vencedora no plenário do encontro, ele disse que a questão precisava ser "condicionada à política nacional e à posição do [ex] presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva] e da presidente Dilma".
Ele se referia, por exemplo, ao fato de o PT estar em busca do apoio do PSB em São Paulo. Com a decisão de BH, Lula terá agora um argumento a mais para usar nas negociações com o PSB em torno das composições visando a disputa pela Prefeitura de São Paulo.

PROGRAMA
A questão do PSDB, para Patrus, não deve se sobrepor também às questões programáticas. "O ideal é que o PSDB não participe [da chapa de Lacerda], mas o fundamental é ter um programa [de governo] que expresse os programas sociais e beneficie os mais pobres", disse.
Em viagem para a Índia, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) não compareceu ao encontro petista. Seu grupo, representado pelo deputado federal Miguel Corrêa Jr. defendeu a tese vencedora afirmando ter sido "um erro" a aliança que elegeu Lacerda em 2008.
Naquele ano, o PSDB participou informalmente da chapa, mas Pimentel e o senador Aécio Neves (PSDB), então governador de Minas, fizeram campanha lado a lado. Foram mais estrelas no programa eleitoral do que o próprio candidato.

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