Cidades

Projeto que estimula fixação de médicos é retirado de pauta

IPATINGA – O plenário da Câmara Municipal esteve movimentado na tarde desta segunda-feira (21), em virtude da primeira reunião ordinária de outubro. Dezenas de profissionais da saúde acompanharam a votação das matérias constantes na pauta. Os servidores vieram ao Legislativo acompanhar a votação do projeto de lei 113/13, que dispõe sobre a flexibilização da jornada de trabalho para médicos em regime de plantão 24 horas nas unidades e serviços de urgência e emergência da rede pública.
No entanto, o projeto 113/13, que teria ontem sua primeira votação, acabou sendo retirado de pauta a pedido do Sindicato dos Servidores Públicos (Sindserpi), que alega a necessidade de mais diálogo sobre o projeto.

PLANTONISTAS
Na prática, o município propõe a adequação do vencimento dos médicos plantonistas dos serviços de urgência de 20 para 24 horas, a supressão da compensação financeira de 50%, hoje vigente, e a criação de um valor de gratificação de urgência de 25% para os plantonistas que trabalham em escalas de 24 horas.
Outra medida estabelecida é a criação de um valor fixo de R$ 1.550, como incentivo para médicos plantonistas.

IGUALDADE
A reivindicação dos servidores que estiveram na Câmara é a criação de medidas iguais para os demais profissionais da saúde que atendem no Hospital Municipal de Ipatinga.

“O médico não atende sozinho. Nos plantões, há a participação efetiva de enfermeiros, auxiliares, técnicos, farmacêuticos que entregam os remédios prescritos etc. São quase 600 profissionais que também deveriam ser lembrados e contemplados, haja vista que também deixam sua parcela de contribuição, assim como os médicos”, disse o técnico Marcelo Guilherme Miranda.

EMENDA
Para contemplar essas categorias, os vereadores Ley e Roberto Carlos são autores de uma emenda que inclui às demais categorias plantonistas o recebimento de gratificação.

O presidente da Casa e também autor da emenda, vereador Ley (PSD), esclareceu que valorizar médico é importante, mas ponderou que esse profissional deve encontrar um ambiente adequado à realização de seus trabalhos.
“Encontrar um ambiente adequado se deve também a valorização dos demais profissionais de saúde que atuam juntamente com os médicos. Essa é a nossa defesa: que todos os profissionais de saúde sejam valorizados. A emenda apresentada foi nesse sentido”, disse Ley.

Já Roberto Carlos lembrou a situação caótica desses profissionais que amparam aqueles que chegam doentes e os recebem antes do atendimento médico final.
“São profissionais que já atendem mais que o permitido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que enfrentam o stress dos pacientes e de seus familiares, que fazem os procedimentos iniciais, e, por isso, devem ser tão valorizados quanto os médicos”, disse.

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