Cidades

Projeto em Ipatinga valoriza cidadania da população de rua

Secom PMI

IPATINGA – As batidas dos pandeiros, tamborins e tambores do grupo de percussão formado por usuários do Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro POP) davam o sinal de que era a hora de iniciar a ação do Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua. E quem esteve na Praça 1º de Maio, no Centro de Ipatinga, na tarde desta quarta-feira (19), pôde participar do primeiro dia de luta pela cidadania e pela dignidade do povo da rua, realizado no município.

O evento, realizado pela Prefeitura, é uma iniciativa do Movimento Nacional da População em Situação de Rua e reuniu diversos serviços e centenas de participantes. “Estou muito feliz com o resultado. A luta por respeito, reconhecimento e pelos direitos humanos do povo da rua é diária. Esta ação traz mais força para o Movimento”, frisou o militante Dênis Augusto Lessa Firmiano.

Orientações sobre serviços de saúde e assistência social, encaminhamento para a emissão de carteira de identidade, aferição de pressão arterial, exames preventivos, avaliação odontológica, Consultório na Rua, programa Bolsa Família, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), orientações sobre DST/AIDS, polo de leitura do programa Ipatinga Cidade Leitora, venda de artesanato do Movimento de Mulheres de Ipatinga integraram a programação do evento.

INCENTIVO

“O show vai começar”, se apressou o integrante do grupo de percussão do Centro POP, Josué Ribeiro Dutra, de 30 anos, para início das atrações do Dia Nacional da Luta da Pessoa em Situação de Rua. “Hoje não me sinto diferente das outras pessoas. Sou como qualquer um que está aqui. Isso me emociona. Me sinto importante de novo e quero viver esta experiência mais vezes”, declarou Josué, que já morou nas ruas de Ipatinga por um ano e hoje tem uma casa, que mantém com o apoio da sua família.

Ainda com o objetivo de resgatar os laços afetivos familiares, o Consultório na rua inaugurou durante o Dia de Luta o projeto “Cartas vivas”, em que os participantes do projeto são incentivados a escrever cartas para seus familiares.

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