Cidades

Projeto ambiental da Usiminas completa 29 anos de história

A professora Regina durante aula do Projeto Contato, na Escola Altina Gonçalves       (Fotos: Thaís Machado)

IPATINGA – Em quase três décadas de realização, o Projeto Xerimbabo Usiminas é destaque no Dia Mundial do Meio Ambiente. A exposição de arte, visitada por milhares de pessoas todos os anos, é a última parte de um trabalho que começa bem antes, junto às escolas. “A era da harmonia”, o tema escolhido neste ano, é a primeira vivência nos seminários de educação ambiental que começam nesta quarta-feira (5), no Viveiro de Mudas da Usiminas e vão até o dia 11 de junho para quase 400 educadores de toda a região.

EDUCADORES
Os primeiros a conhecer em detalhes da temática do ano são os próprios construtores do assunto. Os educadores sugerem as discussões para o próximo ano em pesquisa a cada edição, de onde saem as ideias que motivam a equipe técnica a conduzir os estudos para o tema. Com a visão de quem vive a realidade da educação na base, eles são os primeiros a conhecer em detalhes o assunto para atuarem como reeditores junto aos alunos.

O gerente-geral de Meio Ambiente da Usiminas, Pedro Luis Pereira Ribeiro, destaca que o Xerimbabo é um recado importante para as futuras gerações. “Nosso propósito é contribuir com os educadores nas reflexões e ações sobre o meio ambiente. Isso já acontece há quase três décadas com muitos exemplos de pessoas que o Xerimbabo pode dar esta contribuição para suas vidas”, destaca.

INSPIRAÇÃO
Os seminários fazem parte do roteiro de inspiração para os educadores em sala de aula. É com este pensamento que eles são enviados pelas escolas e buscam a vivência da temática. As discussões do tema do ano fundamentam as atividades com os alunos, assim como as oficinas e dinâmicas de aplicação do conteúdo propostos neste primeiro encontro com a equipe organizadora do Projeto.

Professora do primeiro período no Instituto Educacional Gente Inocente, no bairro Jardim Panorama, em Ipatinga, Sônia de Freitas conta que esta é uma grande oportunidade para colher materiais e novas ideias para as crianças. “Na educação infantil trabalhamos muito com imagens e jogos, métodos de aprendizagem que encontramos nos seminários. Já participamos de outros seminários e desenvolvemos várias atividades com os alunos aqui, aprendi tudo no Xerimbabo,” revela.

MULTIPLICAÇÃO
As escolas também enviam seus representantes para disseminar o conteúdo entre os demais colegas educadores. É o caso da Escola Municipal José Lagares de Lima, de Belo Oriente. “Nos seminários recebemos os detalhes sobre o tema, chega para a coordenação dos professores e funciona como ponto de partida para nossas atividades com os alunos. Eles fazem trabalhos específicos, participam dos concursos e, quando vão visitar a exposição, já estão por dentro do assunto”, relata a diretora Maria Aparecida de Carvalho Teixeira.

OLHAR DOS ALUNOS
Quando a temática do Xerimbabo chega em sala de aula, a proposta supera a transmissão do conhecimento, provoca os estudantes a lançar seu próprio olhar e contribuir com o conteúdo por meio dos concursos de redação e desenho, abertos logo após os seminários com os educadores. As crianças da educação infantil, com idade até cinco anos, são convidadas para os concursos de desenho. Já o ensino fundamental participa dos concursos de redação.

O reconhecimento do trabalho dos educadores e escolas continua em duas premiações de incentivo ao trabalho ambiental. Uma comissão da equipe organizadora recebe, também em sequência aos seminários, indicações das próprias instituições para a “Escola Ecológica” e “Educador Ambiental”.

EM BRAILE
Esta rede do conhecimento em educação ambiental alcança seu propósito ao ir bem além de uma mostra de conteúdos. O trabalho interativo também pode ser visto, por exemplo, na Escola Municipal Altina Olívia Gonçalves, no bairro Iguaçu. É onde se realiza o Projeto “Com Tato”, alfabetização em braile para pessoas especiais com o toque do Xerimbabo. “Aqui acontece uma continuidade do Projeto Xerimbabo. Fazemos um trabalho de parceria, recebemos de forma antecipada o conteúdo em texto e fazemos uma transcrição para o braile, que depois fica disponível para leitura na exposição”, conta a professora Regina Aparecida Drumond Araújo.

Com isso os alunos acessam o conhecimento e são preparados para a visita, que não se resume em um passeio, mas uma interpretação das trilhas da mostra. “Ele podem contextualizar o que aprenderam para darmos continuidade em sala de aula. Vemos o quanto eles desenvolveram a leitura e escrita em braile com essa interação com o Xerimbabo”, destaca a educadora.

EVENTOS EM 2013
Além dos 29 anos de portas abertas em Ipatinga, o Projeto Xerimbabo Usiminas tem sua quarta edição em Itatiaiuçu, onde está a Mineração Usiminas, com os mesmos eventos: seminários, concursos e finaliza com a exposição de arte.
Esta amostra, com o tema “O Amor à Terra Desce”, é apresentada pelo Governo de Minas e Usiminas, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Será aberta no dia 6 de agosto em Ipatinga (MG) e em 18 de setembro na Mineração Usiminas, em Itatiaiuçu (MG). A entrada é gratuita para estudantes, mediante inscrições prévias, e comunidade em geral.
Mais informações no site: www.usiminas.com/xerimbabo


Seminário e oficina com professores de Ipatinga, que atuam como multiplicadores

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