Cultura

Por que o nazi-fascismo não dará certo no Brasil?

Thales Aguiar (*)

Caros leitores, começamos o ano de 2020 presenciando inúmeros erros de gestão do atual governo. Fica cada dia mais transparente por parte de seus líderes, aplicação de estratégias nazistas para o enfraquecimento da democracia nacional. Parece que temos um presidente afeiçoado com o comportamento hitleriano. No fundo o que parece um circo, nada mais é do que um estudo profundo e com aplicação de partes do nazi-fascismo executado na Alemanha durante a segunda guerra mundial. Os atuais personagens na liderança do país se demonstram pessoas ingênuas e descompromissadas com todas as partes da sociedade. A desvalorização da cultura, da educação, o entreguismo de nossas riquezas ao capital estrangeiro, o crescimento do desemprego e da mão de obra com as privatizações internacionais e com as reformas trabalhistas, e o aparelhamento militar do estado, demonstra claramente indicadores de uma tentativa de inversão do poder democrático para um estado totalitário. Não se enganem, o que encontramos de pior demonstrado na atual gestão federal é apenas um teatro formatado para uma tentativa de implantação dos ideais nazistas.

Porém, mesmo com todos esses fantasmas assombrando o povo brasileiro é fato que teremos dias melhores. O Brasil jamais será território dos terrores nazistas. Isto porque temos uma das populações mais miscigenadas de todo mundo. Aqui habitam e comungam raças de todos os povos do planeta. Temos uma democracia forte com os seus respectivos poderes constitucionais representativos em pleno e perfeito funcionamento e uma economia interna sólida que ainda pode suportar uma crise internacional. Talvez um dos mais estudiosos desse assunto foi o pesquisador Theodor W. Adorno, um expoente da escola de Frankfurt na Alemanha. Foi um grande crítico do fascismo e do que ele chamou de “indústria cultural”.

Em 1946 escreveu um artigo intitulado “Propaganda fascista e antissemitismo”. Esses referidos estudos psicológicos, analisaram extensas amostras de propagandas antissemita e antidemocrática em agitadores na costa Oeste do EUA. Em um dos trechos de seus estudos ele diz “Os líderes fascistas típicos são frequentemente chamados de histéricos. Não importa como chegaram a essa atitude. A verdade é que seu comportamento histérico preenche certa função. Embora eles de fato se pareçam a seus seguidores em não poucos aspectos, diferem em um ponto importante: eles não conhecem nenhuma inibição ao se expressarem. Dizendo e fazendo o que eles gostariam, mas ou não ousam ou não podem, os agitadores fascistas atuam de modo vicário para seus desarticulados ouvintes. Eles violam os tabus que a sociedade de classe média colocou em todo o comportamento expressivo do cidadão normal e realista. Pode-se dizer que alguns efeitos da propaganda fascista são obtidos através desse procedimento invasivo. Os agitadores fascistas são levados a sério porque eles se arriscam a passar por bobos”. O nazismo ainda é um risco, mas sobreviverá por muito pouco tempo em nosso território. Via das dúvidas, a democracia é o melhor sistema de poder para todos.

(*) Thales Aguiar é jornalista e escritor

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