Policia

Policial acusado de matar Rodrigo Neto vai a julgamento em agosto

Lúcio Lírio Leal é acusado de ser informante dos assassinos de Rodrigo Neto e de ter traçado a rota de fuga para os executores

IPATINGA – O policial civil Lúcio Lírio Leal, acusado de participar do assassinato do jornalista Rodrigo Neto, será levado a julgamento em 28 de agosto. A sessão foi designada na última quinta-feira (8) pela 1ª Vara Criminal de Ipatinga.
Rodrigo foi morto no dia 8 de março do ano passado quando saía de uma barraca de churrasco na avenida Selim José de Sales, no bairro Canaã. Dois homens em uma motocicleta renderam o jornalista e atiraram contra ele e um amigo que estava em sua companhia. Rodrigo morreu antes de dar entrada no hospital e o amigo conseguiu se esconder.

SEM RESPOSTAS
Segundo denúncia do Ministério Público, o atirador seria o falso policial Alessandro Neves Augusto, o Pitote, e uma terceira pessoa, ainda não identificada, conduzia o veículo. O mandante e a motivação do crime também são desconhecidos.

Lúcio responde a processo por homicídio duplamente qualificado junto com Alessandro. Os autos, entretanto, foram desmembrados e cada um passou a responder isoladamente pelo crime.
De acordo com as investigações, o detetive que atuava na delegacia de Ipatinga teria sido o informante dos assassinos de Rodrigo Neto. Lúcio também teria traçado a rota de fuga para os executores do jornalista.

“Minutos antes dos delitos, Lúcio, na companhia de terceiro não identificado, passou pelo lugar onde as vítimas estavam, em baixa velocidade, em automóvel sob sua posse, visualizou os ofendidos, especialmente Rodrigo Neto, passando tais informações para os executores, bem como se certificou acerca da inexistência de entraves para o cometimento das infrações penais e forneceu rota de fuga aos pistoleiros, valendo-se do seu tirocínio”, diz trecho da peça publicada na última quinta.

“Consta que os homicídios foram perpetrados em ação típica de grupo de extermínio, do qual os acusados são integrantes, bem como em decorrência da função de jornalista criminal exercida por Rodrigo Neto”, completa o documento.

JÚRI
A sessão do tribunal do júri foi determinada para as 9h da manhã e será presidida pelo juiz da 2ª Vara Criminal, Antônio Augusto Calaes.
Insatisfeita com a decisão de levar o falso policial a júri, a defesa de Alessandro recorreu ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Já a defesa de Lúcio preferiu não recorrer e o processo foi desmembrado. Hoje, dois processos distintos correm na Comarca de Ipatinga.

Os dois se encontram presos preventivamente desde junho passado. Alessandro está preso na penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas, enquanto Lúcio se encontra na Casa do Policial Civil em Belo Horizonte, local para onde são levados os presos da instituição.

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