Cidades

PMI diz que Restaurante Popular não está em condições de funcionar

Na última quarta-feira (13), equipe da Secretaria Municipal de Obras Públicas realizou nova vistoria técnica sobre a real situação da parte estrutural     (Crédito: Sérgio Roberto)

IPATINGA – Instalações hidráulicas e elétricas danificadas, aparelhos quebrados e/ou necessitando de reparos e, até mesmo, a ausência de equipamentos básicos de segurança, exemplo extintores de incêndio, corrimãos e iluminação adequada. Esta é apenas parte da lista de adequações a serem realizadas pela Prefeitura de Ipatinga para garantir a reabertura do Restaurante Popular, fechado desde novembro de 2012, por determinação do Corpo de Bombeiros.

Nesta quarta-feira (13), uma equipe da Secretaria Municipal de Obras realizou nova vistoria no local. O objetivo é fazer um levantamento técnico detalhado sobre a real situação da parte estrutural do imóvel, um dos primeiros passos para colocar o Restaurante Popular em condições de funcionar com segurança e conforto para atender a população. “O local, infelizmente, não está em condições de funcionamento e o próprio Corpo de Bombeiros recomendou o fechamento por falta de segurança”, confirma o secretário municipal de Assistência Social, Vasco Lagares, presente durante a vistoria.

Entre as melhorias mais urgentes listadas pelo Corpo de Bombeiros para justificar a interdição do Restaurante Popular estavam reparos no teto e na câmara frigorífica, devido a infiltrações. “Por causa do abandono do governo anterior, até mesmo parte do teto na entrada do restaurante ameaça desabar”, lamenta Vasco Lagares. A listagem inicial de reparos continha 21 itens técnicos e a reforma foi estimada em R$ 490 mil, na primeira vistoria dos Bombeiros.

FORNECEDORES
Os problemas estruturais são apenas alguns dos entraves à reabertura do Restaurante Popular. A empresa responsável pela prestação de serviços ao restaurante também não recebe desde meados de 2012 e o montante da dívida ultrapassa R$ 535 mil. Este valor está incluído no montante de R$ 240 milhões da dívida herdada pela atual administração municipal, referente a todos os débitos produzidos no governo anterior.

O convênio com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do governo federal, também deixou de ser renovado pelo governo anterior, já que a prestação de contas exigida pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome não era enviada desde o mês de junho do ano passado.

Desde o início da atual administração municipal, a Prefeitura de Ipatinga mantém negociações com a empresa responsável pelo atendimento no restaurante. Em paralelo a isto, as reformas estruturais no imóvel estão programadas para ser iniciadas no prazo mais breve possível.

HISTÓRICO
O Restaurante Popular de Ipatinga foi inaugurado em agosto de 2007, por iniciativa do governo federal, por meio Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em parceria com o município de Ipatinga, à época administrado pelo prefeito Sebastião Quintão (PMDB). O imóvel público nunca passou por reformas e está interditado, desde novembro do ano passado, por oferecer riscos à segurança de funcionários e freqüentadores, inclusive com ameaça de incêndio. Na maior parte do período em que esteve aberto, o local funcionava de segunda-feira a sábado, 11h às 14h30, e servia mais de mil refeições durante o horário de almoço.

Para garantir a reabertura do Restaurante Popular, a Prefeitura de Ipatinga vai arcar com as obras de reparos estruturais do imóvel e a dívida herdada com prestadores de serviços e fornecedores, além de assumir os custos de manutenção do local, hoje estimado em R$ 45 mil mensais, sendo que as contas de água, luz e telefone não estão inclusas neste valor.

ATO PÚBLICO
O PCB de Ipatinga e a União da Juventude Comunista programaram um ato público para este sábado, dia 16, a partir de 12h30, pedindo a reabertura do Restaurante Popular. A mobilização será realizada no próprio restaurante, localizado no Novo Centro. Segundo o partido, “o fechamento do Restaurante dificulta a vida dos trabalhadores que têm salários mais baixos, principalmente os funcionários do comércio, tendo em vista que os mesmos se vêem obrigados a trazer refeição de casa ou terem de pagar mais caro nos restaurantes particulares”. O presidente do Legislativo, vereador Ley do Trânsito (PSD), também enviou ofício ao Executivo pedindo o restabelecimento dos serviços.

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