Alessandro Neves será ouvido pela primeira vez pela morte de Carvalho, crime pelo qual é acusado
FABRICIANO – Foi marcada para o dia 24 de março a primeira audiência judicial do processo do assassinato do repórter fotográfico Walgney Assis Carvalho, executado a tiros em 14 de abril do ano passado. A chamada audiência de instrução terá como objetivo colher depoimentos de testemunhas de defesa, acusação e também do réu Alessandro Neves Augusto, o Pitote.
Carvalho foi morto aos 43 anos numa noite de domingo (14), em um pesque-pague do bairro São Vicente, em Coronel Fabriciano. Ele foi executado com tiros que atingiram a nuca e o tórax.
O repórter fotográfico trabalhava no jornal Vale do Aço e era conhecido por seus inúmeros contatos no meio policial. Também prestava serviços para o setor de perícia da Polícia Civil da região. Sua morte ocorreu 37 dias após a execução do também profissional da imprensa Rodrigo Neto, assassinado de forma semelhante, com tiros em regiões vitais.
Pelo assassinato de Walgney, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Belo Horizonte foi contundente ao apontar Pitote como o autor dos disparos. O crime, segundo as investigações, teria ocorrido como uma forma de queima de arquivo porque o fotógrafo teria afirmado que sabia a identidade dos assassinos de Rodrigo Neto.
Ainda de acordo com o DHPP, Rodrigo também foi morto por Alessandro em companhia do policial civil Lúcio Lírio Leal.
Segundo Rodrigo do Carmo, advogado de Alessandro, a estratégia da defesa, apresentada no final do ano passado, será mantida. Conforme a versão, Carvalho teria assassinado Rodrigo Neto juntamente com uma terceira pessoa que, mais tarde, o matou.
A audiência do caso acontece a partir das 14h no Fórum da comarca de Coronel Fabriciano. O caso corre em segredo de justiça na 1ª Vara Criminal da cidade.
