Cidades

Pequenos produtores de Rio Casca faturam R$ 174 mil com safras de feijão

Nos dois últimos anos, 32 famílias participamde iniciativa criada para aperfeiçoamento do cultivo e da qualidade dos grãos

RIO CASCA – Agricultores familiares do município de Rio Casca (MG) alcançaram o faturamento de cerca de R$ 174 mil com a venda das safras de feijão nos dois últimos anos. Esses pequenos produtores participam do Projeto Feijão, iniciativa da Fundação Renova em parceria com a marca PINK, do grupo DGH Foods, a Prefeitura Municipal de Rio Casca e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).

Ao todo, 32 famílias de produtores das comunidades rurais de Rochedo, Córrego Preto e Leonel, que já plantavam feijão, mas tinham dificuldade de comercializar a produção, participam do projeto. A iniciativa foi criada para apoiar esses pequenos produtores a aperfeiçoar o cultivo e a qualidade dos grãos, a fim de permitir um acesso a um mercado maior e ampliar a renda.

SAFRA

Juntas, as safras de 2020 e 2021 totalizaram 686 sacas colhidas, cerca de 41 toneladas de feijão carioca, da variedade marhe. Há, ainda, uma produção adicional que não é comercializada, sendo destinada à alimentação das próprias famílias envolvidas no projeto e reservada para cultivos futuros.

Com sementesde qualidade superior, o feijão cultivado pelas famílias alcançou a classificação Tipo 1, mais valorizada pelo mercado, e o valor da saca também dobrou.

“No cenário atual, de economia em crise, pandemia e dificuldades para prover assistência técnica, é muito significativo alcançarmos a geração de renda superior a R$ 170 mil a essas famílias, que às vezes até perdiam ou vendiam seu feijão por valores irrisórios por dificuldades de acesso ao mercado”, diz André Mapa, analista de Economia e Inovação da Fundação Renova.

PRÓXIMAS AÇÕES

Finalizada a segunda safra, entre as próximas ações planejadas dentro do projeto está o apoio às comunidades na formalização de uma Associação de Produtores Rurais, o que permitirá desenvolver outras atividades produtivas e captar recursos para colocá-las em prática. Aimplementação de um banco de sementes, por meio do trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), já está em andamento nas comunidades.

O PROJETO

Para o desenvolvimento do Projeto Feijão, primeiro foi criado um plano de assistência técnica para melhoria do cultivo. Depois de analisar o solo da região, a Emater-MG indicou as ações necessárias para corrigir a acidez da terra e incrementar a concentração de nutrientes.

Além da consultoria e assistência técnica, os agricultores também receberam da Fundação Renova sementes, adubo e o agrosilício – “corretor” do solo – para o devido tratamento da terra antes do cultivo.

A abertura de mercado foi feita com a DGH Foods, que orientou a comunidade sobre as especificações necessárias para a venda do feijão. Detentora da marca Pink, a empresa criou uma embalagem exclusiva para o produto, chamado de Cultivo do Bem, que leva também o selo Amigos do Rio Doce, símbolo do apoio a produtores rurais e empreendedores da região.

FUNDAÇÃO RENOVA

A Fundação Renova é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.

A Fundação foi instituída por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.

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