Policia

PC encerra inquérito de morte de vigilante

Acusados foram indiciados por latrocínio (roubo seguido de morte)

 

IPATINGA – A Polícia Civil encerrou as investigações do assassinato do vigilante da Cenibra, Admilton Lopes de Faria, 52 anos, e indiciou Ramon Kenned Almeida Oliveira, 19 anos, e Jorge Gonçalves de Almeida, 22 anos, por latrocínio (roubo seguido de morte). O inquérito já foi remetido ao Ministério Público.
Antes de encerrar as investigações, a PC havia afirmado em uma entrevista à imprensa que iria fazer a reconstituição do crime, já que um dos acusados (Ramon) ainda não havia confessado a sua participação.
O delegado responsável pelo inquérito, Ricardo Cesário, disse que a reconstituição não será mais necessária, porque a polícia já obteve a confissão dos dois acusados e as armas do crime. Ramon confessou o delito primeiramente à imprensa, e só depois contou com detalhes como foi o assassinato. “Até ficamos surpresos com a confissão dele ter sido feito primeiramente à imprensa. Depois disso nós o ouvimos e a versão dele foi similar à do Jorge. Então não vimos mais a necessidade de reconstituir o crime”, diz.
O delegado afirmou que, pelo fato de Ramon ter executado o crime e ter cometidos os atos de violência, a pena dele pode ser maior que a de Jorge, mas ambos foram indiciados pelo mesmo crime. Além dos dois, uma terceira pessoa que se apresentou à polícia alegando ter cometido o crime foi indiciada por auto-acusação de crime, o que segundo o delegado poderia ter atrapalhado as investigações caso os dois principais suspeitos não tivessem sido presos. “A gente não sabe o que poderia ter acontecido com essa acusação falsa”, afirma o delegado.

ENTENDA
Ramon e Jorge são apontados como principais suspeitos de roubarem e matarem o vigilante. Segundo consta do inquérito policial, Ramon teria chamado Jorge, conhecido como Jorginho, para furtarem a arma do vigilante no último dia 19.
Desde o início das investigações a PC não tinha dúvidas da autoria, em função da confissão de “Jorginho” e das armas (tanto a dos autores como a do vigilante), encontradas na casa de Ramon.
Dias depois, uma terceira pessoa foi presa pela Polícia Militar, acusada de receptação. Na prisão, essa pessoa teria confessado à polícia que tinha matado o vigilante. No entanto, a versão foi desmentida depois.

CONFISSSÕES
No decorrer das apurações, somente Jorginho havia confessado ter participado do crime e alegou que estava arrependido. Já Ramon só confessou o crime depois que a Polícia Civil os apresentou formalmente à imprensa, como principais acusados do latrocínio. Em sua confissão, ele afirmou que participou do ato delituoso porque tinha problemas mentais.

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