Cidades

Para vereador, existe uma falsa polêmica

O vereador Agnaldo Bicalho disse durante a audiência que o debate sobre ideologia de gênero é uma falsa polêmica. Ressaltando a importância da divergência no debate, ele explicou seu ponto de vista:

“Estamos vivendo uma falsa polêmica. O plano em momento algum desrespeita a igreja, desrespeita o nosso pensamento, o cristão. O Plano é uma construção daquilo que muita gente acredita, mesmo ele tendo coisas que não atendem a determinado segmento da sociedade. No Plano não existe polêmica. Para fazer polêmica, estamos tendo que escrever aquilo que era para tirar. Falei com o vereador Nilson:

– Vocês querem que tire a palavra gênero, que não existe, e agora vai fazer uma emenda colocando a palavra gênero? Como é que faz com isso? Como resolve? Quer tirar ou quer colocar?
Aí, me abstive até de assinar”.


A “ideologia de gênero”, segundo os vereadores

Roberto Carlos:
“A família é uma instituição sagrada, a família tem que ser preservada. A família precisa ser mantida. Não somos homofóbicos, respeitamos a escolha de cada um. Acho que cada pessoa tem o direito de fazer a sua orientação sexual ou opção sexual, como queiram chamar. Agora, na Conferência de educação, o professor Genoino falou que a questão da ‘ideologia de gênero’ seria tratada por diretriz da SME e a Câmara não aceita ser burlada nesse momento”.

“Da mesma maneira que o CONAE fez com a Câmara dos Deputados e com o Senado, que incluiu a ‘ideologia de gênero’, a Câmara não aceita uma diretriz sobre ‘ideologia de gênero’”.

Ley do Trânsito:
“A vontade é burlar a Câmara e fazer [a inclusão da ideologia de gênero] através de diretrizes, acabar com o parlamento e atropelar tudo. Vamos aprovar esta emenda e garantir o direito da família educar seus filhos”.

Jadson Heleno:
“Pertencemos a uma família de cristãos, não temos medo de dar nosso posicionamento. Saio daqui satisfeito, sabendo que a ‘ideologia de gênero’ não será incluída no PME. Isso é uma vitória da democracia e da família de bem”.

Fabinho do Povo:
“A família tem que estar em primeiro lugar. O ensinamento da família tem que ser baseado nos ensinamentos da bíblia e cristãos. Fomos eleitos da defender a comunidade e a família, nesta casa vamos defender os princípios cristãos e bíblicos”.

Lene Teixeira:

Durante a apresentação pela SME achei interessante a abordagem sobre o que é o plano e qual a responsabilidade da escola. Quero expressar aqui que se alguém duvidar que eu defendo a família, os direitos, uma sociedade igualitária, o respeito entre as pessoas, é porque não me conhece. Eu digo isso porque não me manifestei em momento algum a respeito das emendas e confesso que não vou me manifestar porque – e olha que sou pedagoga – a primeira vez que ouvi alguém falar este termo ‘ideologia de gênero’ foi o vereador Roberto Carlos aqui desta tribuna. Até então, eu desconhecia este termo. Agora, há quantos anos eu lido com a questão de gênero? A diferença é essa. A discussão da questão de gênero é fundamental e necessária dentro da sociedade em que nós vivemos. Confesso que não conhecia e estou estudando o que é a ‘ideologia de gênero’. [Lembrando a fala da diretora e professor Ademir de Brito Rocha] Se veda [a emenda], como lidar concretamente com estes problemas dentro da escola? Como o professor vai dar conta destes problemas que pintam no chão da sala de aula? E isso é uma questão séria. Se vamos pegar a ‘ideologia de gênero’ do jeito que falam nas redes sociais eu também sou contra. O Amigão [verador José Geraldo Amigão] acabou de me falar ali: “Como é que é eu vou permitir que a minha neta use o mesmo banheiro que os meninos usam?”

“O que eu aprendi sobre a discussão de gênero respeita a individualidade das crianças. É ensinar a vida inteira o respeito ao ser humano. Então, a proposta que eu faço aqui agora nesta Audiência é que não se vote o Plano de Educação enquanto estas questões não forem bem resolvidas”.

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