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IPATINGA – O especialista em gestão empresarial, consultor contábil e tributário, Valmir Rodrigues, ministrou palestra na Aciapi-CDL abordando entre oturos temas o tributarismo. O palestrante, que também é vice-presidente da Federaminas, falou sobre a complexidade tributária existente no país.
“Essa complexidade é tão grande, que chegamos a ter 1,33% de norma tributária por hora. Ou seja, enquanto estamos dormindo, o que está ocorrendo de norma tributária não é brincadeira. Discutimos a questão da carga tributária elevadíssima e, por fim, vemos de que forma o Fisco tem fiscalizado dentro do mundo digital”, disse.
O grande problema, aponta Valmir, é que existe um estudo que diz que 90% do contencioso tributário ou das discussões tributárias, está relacionado a não interpretação correta da lei, gerando problemas e dúvidas. “O que fazemos é apresentar algumas dicas, sempre levando em consideração que essa complexidade tributária acaba atrapalhando muito o desenvolvimento das empresas; de forma geral, mostramos que só a organização da empresa, por meio de números fidedignos, é que vai sobreviver a esse mundo absurdamente caro em termos de tributação”, destacou.
FISCO
Valmir fez alusão ao livro “A arte da guerra”, escrito por Sun Tzu, e frisou que é preciso conhecer o inimigo. “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Dessa forma, é preciso conhecer sua empresa para não ser surpreendido”, alertou.
Ao explicar a listagem de impostos à qual o cidadão é submetido diariamente, o vice-presidente da Federaminas falou sobre a evolução do Fisco e seus métodos para conhecer os números relativos às finanças do consumidor. Ao fazer uma compra com cartão de crédito que fuja ao padrão, exemplifica, o cliente recebe uma ligação da operadora para saber se realizou de fato tal transação.
“Ao gastar mais, ou realizar uma compra em outro Estado, você recebe essa ligação. Todo sistema do Fisco caminha para essa inteligência artificial. Então, a pessoa deve ficar atenta e não pensar que o contador resolverá todos os detalhes, porque a malha fina pega tudo. De um modo geral, nossa orientação é para que as pessoas e empresas conheçam suas contas, para não serem pegas de surpresa”, resumiu.
