Policia

Operação fiscaliza empresas para coibir explosão de caixa eletrônico

No total, 181 volumes de explosivos foram apreendidos na operação     (Foto:José Carlos Paiva/Imprensa)

BH – Noventa e nove empresas fiscalizadas em 46 municípios mineiros, resultando na apreensão de 181 volumes de explosivos, 40 kg de explosivo granulado, 100 metros de estopim, 1.016 metros de cordel detonante, 214 kg de ANFO (material explosivo utilizado na mineração e construção civil) e 650 espoletas. Foi esse o resultado da Operação Forças de Minas, realizada conjuntamente, entre os dias 16 e 19 de outubro, pela Secretaria de Estado de Defesa Social, pelo Exército Brasileiro, pela Polícia Militar, pela Polícia Civil, pelo Ministério Público e pela Secretaria de Estado da Fazenda.
Durante os quatro dias de operação, 14 equipes interinstitucionais fiscalizaram empresas que fabricam, armazenam, transportam ou controlam o uso de materiais explosivos. Somente o Exército Brasileiro empenhou, direta e indiretamente, cerca de 500 militares durante todas as fases da operação. Além do material apreendido, foram instaurados 22 procedimentos administrativos, expedidas quatro ordens de busca e apreensão e três ordens de destruição.
As destruições de materiais explosivos aconteceram nos municípios de Nova Era, Matozinhos e Diamantina, na região Central do Estado, e em Araçuaí, na região do Jequitinhonha/ Mucuri. Em Nova Era, por exemplo, foram encontradas bananas de dinamite, espoletas e um cordel detonante de origem desconhecida, armazenados fora dos padrões exigidos pela lei.
O material foi destruído na quinta-feira (18) e a empresa foi autuada, podendo ter seu registro cassado. De acordo com o Exército Brasileiro, o material que foi inutilizado era suficiente para causar grandes estragos em área urbana.

INFORMAÇÕES
Segundo o comandante da 4ª Região Militar, general Helidio Gaspar Filho, o trabalho em parceria foi fundamental para identificar os locais que lidavam de forma irregular com explosivos. “O cruzamento de informações fornecidas pelas instituições envolvidas são de fundamental importância para chegar aos locais onde ocorre armazenamento ilegal de material explosivo. A integração do Exército com essas instituições sempre existiu, mas agora foi intensificada”, disse o comandante.
Para o secretário adjunto de Defesa Social, Denilson Feitoza, a fiscalização de empresas e entidades que armazenam, transportam ou utilizam material explosivo é a chave para a solução do problema das explosões de caixas eletrônicos em Minas Gerais. O secretário ressalta, no entanto, que a maior parte das empresas trabalha de forma regular, cabendo orientações de formas mais adequadas para lidar com o material.
A Operação “Forças de Minas” é resultado do trabalho de uma comissão constituída em junho deste ano por representantes da Seds, do Exército Brasileiro, da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Federal, do Ministério Público, da Prefeitura de Belo Horizonte e da Secretaria de Estado da Fazenda (Sef).
O grupo traçou um mapa dos furtos de explosivos e explosão de caixas eletrônicos, a partir do compartilhamento das informações das inteligências de todos os órgãos envolvidos. “O nome ´Forças de Minas´ é bem revelador. Mostra que o Estado tem esse compromisso de agregar todas as forças necessárias para atingir um objetivo comum”, afirmou o secretário Denilson Feitoza.

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