Policia

Nova operação em Ipatinga combate corrupção na Polícia Civil

IPATINGA – Foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (15), em Ipatinga, a segunda fase de uma operação de combate a crimes praticados por policiais civis, especialmente, concussão, corrupção e participação em organização criminosa. Durante a operação foram presos os investigadores Glauber e Rubemar, o despachante Luciano, o advogado Farley da Silva Ramos e Levi Castro, que atuava no âmbito da Delegacia de Polícia sem nenhuma função definida e sem ser policial. Os detetives Gilson e Renilson estão foragidos. Participaram da operação 30 policiais, entre os quais dois delegados.

EM ANDAMENTO
Estão em andamento várias investigações criminais que são desenvolvidas e acompanhadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em conjunto com a Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais (CGPC). No último dia 6, a CGPC prendeu em flagrante um investigador de polícia, por crime de concussão. Na ocasião, um delegado de polícia fugiu.
A prisão preventiva da autoridade policial foi deferida e cumprida no último dia 12. Nessa segunda fase, ainda em andamento, já foram presos dois policiais civis, um despachante e um terceiro – todos integrantes de esquema criminoso instalado no âmbito da Polícia Civil de Ipatinga.

MAIORIA HONESTA

Ainda restam mandados a serem cumpridos. Os promotores de Justiça que acompanharam as prisões e buscas desta quinta-feira entendem que a maioria das autoridades policiais e dos policiais civis de Ipatinga são honestos e cumpridores de seus deveres, sendo que os alvos das duas fases da operação são exceções que não podem perpetuar com a prática de crimes.

Segundo os promotores, a demanda chegou à CGPC e ao MPMG por provocação de vários policiais e autoridades policiais que não coadunavam com as práticas delitivas no âmbito policial. Os representantes do MPMG destacam, ainda, que a atuação em cooperação com as Corregedorias de Polícia é salutar e permite o desenvolvimento proativo do Controle Externo da Atividade Policial quanto à apuração de desvios.
Nesse sentido, de acordo com eles, a atuação resolutiva do MPMG tem maiores chances de alcançar os resultados esperados pela sociedade. “O fortalecimento e o empoderamento das corregedorias deve ser meta a ser perseguida pelo Ministério Público de Minas Gerais”, afirmam.

Advogado preso tentou entrar com celulares na penitenciária

Entre os presos na operação de ontem está o advogado Farley da Silva Ramos que havia sido detido na tarde da última terça-feira (13), tentando entrar com ceclulares e chips na Penitenciária Dênio Moreira. Conduzido à Delegacia de Policia ele assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado. Nesta quinta-feira, ele foi preso na segunda fase da operação contra as irregularidades cometidas por agentes da Polícia Civil e seus comparsas em Ipatinga.

De acordo com a Secretaria de Estado e Defesa Social (Seds), agentes penitenciários da Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba, flagraram Farley da Silva Ramos, de 33 anos, tentando entrar na unidade prisional portando três aparelhos de celular e quatro chips. Farley, que é advogado de um detento, foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil, em Ipatinga.

Ele foi descoberto ao passar pelo detector de metais. O delegado de plantão Eduardo Vinícius Carvalho informou em coletiva à imprensa que o caso seria melhor apurado pela polícia. “Não descartamos a possibilidade de a partir deste procedimento surgirem outras informações que demonstrem a existência de associação para o tráfico, pois sabemos que de dentro dos presídios traficantes continuam exercendo a traficância normalmente”, pontuou o delegado no dia da detenção.


Farley da Silva Ramos


1ª fase da operação prendeu um delegado e investigador

IPATINGA – Na primeira fase da operação que apura irregularidades como concussão e extorsão na Policia civil de Ipatinga foi preso o delegado Ricardo Cesari Borges Bastos de Oliveira, 32 anos. Ele se apresentou na Corregedoria da Polícia Civil de Belo Horizonte na tarde de segunda-feira (12), depois de vários dias como fugitivo. O delegado foi acompanhado do advogado e permanece preso na Casa do Policial Civil na capital mineira.

Ricardo Cesari foi alvo de investigações da Corregedoria da Polícia Civil que apura crime de concussão (ato de exigir para si ou para outrem, dinheiro ou vantagem indevida em razão da função que ocupa).

Na semana passada os corregedores estiveram em Ipatinga e ouviram pelo menos oito pessoas envolvidas em um crime de extorsão. O investigador da Polícia Civil Flávio Cordeiro de Souza, 44 anos, também está preso.

O detetive e o delegado estariam tentando extorquir dinheiro de uma mulher. Informações ainda não confirmadas apontam valores que chegam a R$ 40 mil reais. O crime foi sido descoberto pela Corregedoria da Polícia Civil, que esquematizou um plano para flagrar os policiais. No entanto, somente Flávio foi preso ao se encontrar com a vítima e tentar pegar o dinheiro. Os acusados foram descobertos por meio de escuta telefônica e filmagens.


O delegado Ricardo Cesari e Flávio Cordeiro de Souza presos na primeira fase da operação

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