Cidades

No Vale do Aço, mulheres são mais instruídas que homens

Nível de escolaridade entre as mulheres é mais alto na região: elas ficam mais tempo na sala de aula


IPATINGA
– O número de mulheres graduadas é superior ao de homens nas três principais cidades do Vale do Aço, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados esta semana. O levantamento é referente ao ano de 2010, quando houve a realização do Censo que captou dados a respeito da população brasileira.

A pesquisa levou em consideração a escolaridade de pessoas com idade superior a 25 anos e revelou que, em Ipatinga, 16.310 pessoas possuem ensino superior completo, sendo que desse total, 6.731 são homens e 9.579 mulheres. A tendência é seguida nos municípios de Timóteo e Coronel Fabriciano.
Na capital do inox foi apontado que 5.725 pessoas terminaram uma faculdade e, desse total, 3.400 são do sexo feminino. Já Fabriciano de 5424 graduados, 2.103 são homens e 3.322 mulheres, ou 61% do total.

FALTA DE INSTRUÇÃO
No entanto, o número de pessoas com o 3º grau completo é baixo quando comparados com a população com menos instrução. Em Ipatinga, graduados são 11%, já os que possuem o ensino fundamental completo ou médio incompleto chegam a 18% e os que completaram o segundo grau são 28%. Nas outras cidades, os percentuais são praticamente os mesmos.

O índice que mais chama a atenção no levantamento do IBGE é o que mostra o alto número de pessoas sem instrução ou com apenas o ensino fundamental completo. Em Ipatinga, 42% da população com mais de 25 anos possui baixa escolaridade e essa estatística se repete nas outras cidades: em Fabriciano, o Censo apontou 46% de pessoas sem instrução e em Timóteo, 39%.

FAMÍLIAS
As estatísticas divulgadas essa semana pelo IBGE englobam ainda dados relacionados à família e habitação. Foi apontado, por exemplo, que, em Ipatinga, existem mais de 72 mil moradias, sendo que 99% estão situadas em áreas urbanas. Entre as residências, 79% foram consideradas adequadas para se morar e 21% semi-adequadas. Na cidade, apenas 20 moradias foram caracterizadas como inadequadas pelo Censo, número que representa menos de 0,1% das casas pesquisadas.

O levantamento mostra que em 2010 a maioria das famílias ipatinguenses, 32%, eram formadas por três membros. Grupos com duas pessoas vinham em segundo lugar com 27%, sendo seguidos por famílias com quatro pessoas (26%), cinco pessoas (11%) e seis pessoas (4%).

O rendimento das famílias também foi levantado pelo IBGE e o resultado mostra que a maior parte dos grupos familiares possui renda de até um salário mínimo por pessoa, atualmente R$ 622. Por outro lado, os dados mostram que 4% das famílias da cidade possuem renda de mais de cinco salários per capita. Os dados se repetem em Fabriciano e Timóteo, que apresentam, respectivamente, 3% e 5% de famílias com altos rendimentos por membro.

Com relação às pessoas sem renda, Timóteo registrou 2%, e Ipatinga e Fabriciano possuem 3% de sua população vivendo em situação de miséria. O IBGE reuniu no universo dos sem renda aqueles que recebem apenas benefícios como o Bolsa Família e os que não têm nenhum tipo de assistência monetária do poder público, mas não fez uma contabilidade separada de cada grupo.

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