Cidades

Nardyello é contra aumento de 12% de suplementação

Nardyello: “12% é um índice alto e o Executivo não tem organização suficiente para gerir esta flexibilização”

 

IPATINGA – O projeto da Prefeitura Municipal que solicita o aumento para 12% da capacidade de suplementação sem a necessidade de autorização dos vereadores foi aprovado na reunião extraordinária desta segunda-feira (02), por sete votos contra cinco.
O presidente da Câmara, vereador Nardyello Rocha (PSD), apesar de não votar (o presidente vota apenas em caso de empate) fez questão de manifestar sua posição contrária ao índice de remanejamento solicitado pela prefeitura e aprovado na Casa.
Ainda durante a sessão, o parlamentar informou que protocolou emenda modificativa acrescentando apenas 3% a mais no índice atual, que é de 1%, ficando, então, estabelecida a flexibilização de 4%.
“Entendo que 12% é um índice alto e o Executivo não tem organização suficiente para gerir esta flexibilização”, declarou Nardyello.
As emendas serão votadas na reunião extraordinária desta terça-feira (03).
Nardyello Rocha adiantou que se as emendas forem aprovadas, sendo estabelecido remanejamento de apenas 4%, e houver a necessidade do voto da presidência, seu voto será favorável.
“Agora, se as emendas caírem e, de igual maneira, houver a necessidade do meu voto, mantenho minha posição contrária e voto contra os 12%, que, reafirmo, é muito para este governo”, concluiu Nardyello.

PSB diz que autorização é um “cheque em branco”
Ipatinga
O presidente da Comissão Executiva do Partido Socialista Brasileiro (PSB) de Ipatinga, Fabiano Moreira, voltou a reafirmar ontem que o partido mantém sua postura de oposição ao governo Robson e não concorda com a aprovação das contas do prefeito, conforme votação realizada pela Câmara Municipal na semana passada e, tampouco, com a margem de 15% para que o Executivo remaneje o Orçamento sem a permissão da Câmara Municipal, aprovado ontem.
“Enquanto presidente do partido não posso concordar com o resultado destas votações e o PSB expressa publicamente sua posição contrária a tais posturas. No nosso entendimento é assinar um cheque em branco para um governo que não sabe o que fazer com os recursos públicos. Além disso, 12% do Orçamento para ser remanejado sem autorização legislativa é um valor muito alto. Espero que os vereadores tenham consciência da ‘autorização’ de gastos que estão dando a este governo”, concluiu Fabiano Moreira.

PETISTA VOTA COM O GOVERNO E É CRITICADO
IPATINGA
– Na tarde de ontem (02) os projetos de lei 37/2012 e 38/2012 foram aprovados pela maioria da bancada de vereadores da Câmara Municipal de Ipatinga. Ambos fazem referência à execução da Lei Orçamentária e preveem a autorização do remanejamento orçamentário de 12% pelo governo municipal.
Um projeto semelhante foi reprovado na Câmara Municipal no último mês, quando o governo pediu que o Legislativo autorizasse 10% de remannejamento do Orçamento sem necessidade de autorização do Legislativo. Sete vereadores votam favoráveis ao projeto: Adelson Fernandes (PSB), José Geraldo Amigão (PV), Maria do Amparo (PDT), Nilton Manoel (PMDB), Pedro Felipe (PTB), Roberto Carlos (PV) e Saulo Manoel (PT).

CRÍTICAS
O vereador Saulo Manoel (PT) causou surpresa ao votar com o governo. Ele alegou que cometeu um erro e não conseguiu corrigir o voto. “Eu apertei errado e tentei corrigir, mas não deu. E amanhã eu vou votar contra na segunda votação, vou corrigir o meu voto de hoje”, garantiu o vereador petista.
O colega de partido Sebastião Guedes (PT) se mostrou indignado com o voto de Saulo. “Foi vergonhoso o que aconteceu nessa Casa e isso põe o Legislativo em uma situação difícil. Eu estou profundamente decepcionado com o vereador da nossa bancada. Porque com o voto dele teria dado um empate e com o voto dele o projeto passou. Deve ser considerado mentalmente incapaz e não pode nem ser vereador nessa Casa”, alfinetou o colega de bancada.
Nardyello Rocha (PSD) também contestou a justificativa de Saulo Manoel. “Infelizmente o projeto foi aprovado e o plenário estava cheio, todo mundo viu claramente o voto do vereador. Podemos votar da forma como acharmos conveniente, mas temos que assumir os nossos atos. Compete ao vereador fazer da mesma forma e não atribuir a terceiros o voto dele”, concluiu Nardyello.


Saulo Manoel: “Eu apertei errado e tentei corrigir, mas não deu”

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