Cidades

Nardyello celebra vitória no TRE e diz que não tem mágoa

Prefeito de Ipatinga anuncia uma série de projetos a serem executados ainda este ano, com melhorias de infraestrutura, saneamento e mobilidade urbana

IPATINGA – Em coletiva à imprensa nesta sexta-feira (29), em seu gabinete, o prefeito de Ipatinga, Nardyello Rocha, comemorou como “o reconhecimento da legalidade e moralidade” dos seus atos administrativos a derrubada, em sessões realizadas nestas quarta e quinta-feira (27 e 28), por 5 votos a 1, no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), da decisão pronunciada na Comarca de Ipatinga pela cassação de seu mandato. A sentença em primeira instância havia sido emitida com base em denúncia do Ministério Público, mas o Executivo garantiu que não tem “nenhuma mágoa em relação a esse veredicto inicial, porque as autoridades encarregadas de julgar têm a prerrogativa de divergir quanto a entendimentos”. Contudo, ele reafirmou que o pagamento de complementações aos servidores públicos aposentados do município – ainda mantido regularmente dentro da folha mensal de pessoal da Prefeitura e que ensejou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) sob alegação de ter sido fonte de vantagem política no último pleito eleitoral – “apenas cumpre uma determinação da própria Justiça, sem tipificar qualquer forma de abuso, como o TRE-MG confirma agora por ampla maioria, para que não paire qualquer dúvida”.

O prefeito Nardyello Rocha, ao lado do secretário Breno Brandão, da procuradora Maria Alminda e jornalistas

PONTUALIDADE

“Manter em dia as nossas obrigações com o funcionalismo é uma questão de responsabilidade do Executivo, e assim é que temos nos empenhado desde que assumimos o governo (como, aliás, já fazíamos quando vereador na Câmara Municipal) para quitar as folhas no primeiro dia útil de cada mês. Nesse mês de março, inclusive, estamos sendo ainda mais pontuais, liberando os pagamentos no dia 29, esta sexta-feira”, complementou Nardyello.

Ainda conforme recordou o prefeito, as complementações dos aposentados ficaram suspensas por três anos e deixaram de ser realizadas por dois prefeitos anteriores, o que implicou até mesmo em campanhas de solidariedade em favor de servidores em dificuldades, com doações de gêneros alimentícios de primeira necessidade para alguns. “Até que retomamos os pagamentos, que já somam hoje R$ 70 milhões, somente no nosso governo”, frisou.

NOVOS PROJETOS

O prefeito também ressaltou que “embora a atual Administração municipal não tenha descansado um único dia no sentido de proporcionar ações que representem maior qualidade de vida para a população, a contundente votação favorável no TRE-MG, com a quase totalidade dos magistrados, nos dá maior tranquilidade para a sequência do mandato, significando também a estabilidade que Ipatinga precisa para seguir avançando no cumprimento de metas importantes”. Ele lembrou que “no momento a gestão trabalha na viabilização de uma série de projetos de grande relevância e seria lamentável, sob todos os aspectos, que estas ações sofressem prejuízo de continuidade, porque a cidade seguramente vai evoluir em inúmeras áreas”.

Objetivamente, ele citou: serão realizadas obras de recapeamento asfáltico em mais de 40 quilômetros da malha urbana; grandes intervenções em redes de esgoto em seis bairros; implantados dois projetos-pilotos de câmeras de inteligência artificial, e reaberto o tradicional Cepai – Centro de Treinamento e Desenvolvimento Urbano, no bairro Forquilha, desativado e abandonado há vários anos.

DÍVIDAS DO ESTADO

Nardyello Rocha enfatizou que todas as iniciativas estão sendo realizadas apesar das sérias dificuldades financeiras vivenciadas pelo município, sobretudo em função de milionárias retenções de recursos pelo governo do Estado. “O ex-governador deixou de repassar a Ipatinga mais de R$ 120 milhões em recursos constitucionais e, infelizmente, apenas no mês de janeiro, o novo governo se mantém na mesma toada, devendo ao município R$ 6,1 milhões em ICMS e R$ 7 milhões em IPVA. Com o fechamento do balanço de fevereiro no Estado, nossos créditos não recebidos deverão chegar a R$ 17 milhões”, projetou, imaginando uma retenção de cerca de R$ 4 milhões também no segundo mês do ano, “o que compromete seriamente o planejamento da gestão financeira, que precisa ser feita praticamente de semana a semana”.

Fazendo menção da situação em todo o Estado, ele comparou: o ex-governador deixou de repassar a todos os municípios mais de R$ 12 bilhões, enquanto o novo governo já deve R$ 1,1 bilhão, dando continuidade à omissão na transferência de valores devidos às cidades.

ELEIÇÕES

Sobre a manutenção de sua elegibilidade para o próximo pleito municipal, garantindo-lhe o direito de concorrer à reeleição no final de 2020, Nardyello disse que “no momento, isto sequer deveria ser ventilado. Seria insano pensar nisso agora, diante de tantos problemas que somos desafiados a enfrentar para manter o bom andamento da máquina pública. Meu compromisso é cumprir esse mandato com dignidade, e já estarei satisfeito se as pessoas que confiaram em mim entenderem que não as decepcionei, que procurei dar o meu melhor pela cidade onde nasci e que hoje tenho o privilégio de governar”, concluiu.

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