Cidades

Movimentos populares lembram golpe de 1964

Militares durante repressão às manifestações populares no regime militar        (Crédito: Evandro Teixeira )

IPATINGA – No dia 1º de abril deste ano, completam-se 50 anos do dia em que tropas militares tomaram o poder por meio de um golpe de estado, instalando no Brasil um longo período de ditadura (1964-1985). Segundo o Dossiê da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, apenas nos primeiros meses após o golpe militar 50 mil pessoas foram presas e em torno de 30 mil torturadas.

Pelo menos 424 pessoas foram mortas ou desapareceram nesse período. Apesar dos crimes, os responsáveis pelas mortes não foram julgados nem punidos. Para rememorar esse período da história do Brasil, o Fórum Memória e Verdade do Vale do Aço organiza uma programação de atividades relacionadas à Ditadura Civil-Militar. O Fórum é composto por sindicatos filiados à CUT, Thema, Atamig, mandatos populares e militantes do movimento cultural.

PROGRAMAÇÃO:

Dia 28/03/2014, sexta-feira, às 19h, na Câmara Municipal de Ipatinga: Audiência Pública “Mulheres e Resistência”, com o depoimento da advogada e conselheira da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça, Rita Sipahi.

Dia 31/03/2014, segunda-feira
, às 20h, na TV Caravelas, canal 11 da NET: início do Cineclube Caravelas apresenta “Direito à Memória – A Ditadura em Revista”, com exibição do documentário “Utopia e Barbárie”, de Sílvio Tendler.

Dia 1º/04/2014, terça-feira,
às 10h30, na Avenida Castelo Branco, em frente à Igreja Católica do Horto: Escracho Popular para denunciar apoiadores da ditadura e reivindicar justiça.

Dia 1º/04/2014, terça-feira
, às 15h, na Praça 1º de maio, Centro de Ipatinga: Início das intervenções artísticas em homenagem às vítimas de torturas e protesto contra a impunidade.

Dia 1º/04/2014, terça-feira
, às 17h, na Praça Três Poderes, Centro de Ipatinga: Entrega do Manifesto à Câmara Municipal de Vereadores, para mudança de nome das vias públicas que homenageiam pessoas que participaram da Ditadura Militar.


Jovens preparam escracho

Dentre as atividades previstas pelo Fórum está um escracho organizado pelo Grêmio Estudantil da Escola Estadual Selim José de Sales, com a participação de alunos e professores de diversas escolas. O escracho é uma manifestação de denúncia utilizada pelos jovens para escrachar ex-torturadores ou apoiadores da Ditadura Militar, exigindo a verdade sobre o passado. Também é uma forma de protesto para mostrar à sociedade que as atrocidades cometidas nesse período estão relacionadas a muitos acontecimentos do presente, já que a impunidade e o silêncio são fatores que fazem muitos dos crimes continuarem a acontecer.

 

 

Você também pode gostar

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com