Cultura

Mistura Fina canta Cartola

Ildon e Valéria Altoé em cena de “Mistura Fina canta Cartola”

IPATINGA –
Angenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, é o homenageado do grupo Mistura Fina. Compositor de mais de quinhentas músicas, criador de sambas como As Rosas Não Falam, O Mundo é um Moinho, Ensaboa Mulata e O Sol Nascerá, Cartola é considerado por críticos e músicos como um dos maiores sambistas da Música Popular Brasileira. E o grupo Mistura Fina apresenta estas e outras composições do mestre no teatro do Centro Cultural Usiminas, nos dias 12 e 13 de setembro, a partir das 20:00h.

Nascido em 1908, no bairro do Catete, Rio de Janeiro, Cartola iniciou na música aos oito anos, quando aprendeu a tocar cavaquinho com seu pai. Participava também de blocos carnavalescos e Folias de Reis. Aos onze anos, devido a problemas financeiros da família, mudou-se para o Morro da Mangueira. Dos bons tempos da infância confortável no Catete a favelado na adolescência, Cartola descobriu a miséria, a boemia, os amores e os seus males.

Foi aí que entrou em contato com o carnaval carioca. Criou o Bloco dos Arengueiros, embrião para fundar em 1928, a Estação Primeira de Mangueira, escola onde se consagrou como sambista, com os enredos que se imortalizaram. Sua fama desceu o morro e suas composições foram gravadas por Francisco Alves, Mário Reis e vários outros cantores famosos da época.

ZICARTOLA
Cartola passou a vida em empregos temporários. Mas ele queria mesmo era ser pedreiro, só para mexer com as moças que passavam perto das construções. Mas o cimento que caía em cima de sua cabeça perturbava e ele passou a usar um chapéu-coco, vindo daí o apelido de Cartolinha, que mais tarde virou Cartola.

Sua obra ficou conhecida por todo o país. Ganhou vários desfiles de carnaval. Nos anos 60 fundou com a esposa, Dona Zica, o famoso Zicartola, misto de bar e casa de shows. O Zicartola foi um movimento cultural que resgatou o samba tradicional após décadas de ostracismos, ofuscado pelo rock and roll, pela bossa nova e todas as tendências da música pop. Mas que durou pouco.

Cartola caiu no esquecimento por muitas décadas, e foi redescoberto lavando carros por Sérgio Porto, conhecido como Stanislaw Ponte Preta, e Hermínio Bello de Carvalho, que o levaram a gravar seu meu primeiro LP, em 1974, aos 66 anos de idade.

MISTURA FINA

Mistura Fina Canta Cartola tem no elenco um time de músicos de primeira: Valéria Altoé e Ildon Pinto serão acompanhados por Elizeu Gomes, que assina a direção musical e arranjos, Plínio Fonseca, Rubim do Bandolim, Leandro Martins, Alielison Rocha, Wanderley Esteves, Ronison Willian, Sóstenes Araújo e Vicente Costa. Interpretando Stanislaw Ponte Preta, o ator Fabrizio Teixeira. As coreografias são assinadas por Jorge Soares e Fernanda Barbuto. A direção cênica é de Claudinei de Souza com textos de Sávio Tarso.

APOIO
Uma realização de Valéria Altoé, com patrocínio da Consul e Provest, apoio do Usicultura, Hotel Independência, Convaço, Sankyu, Rex Supermercado, Vive la Vie Eventos, Dermaclean, La Fiesta e VCS Propaganda. O projeto é executado por meio de recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Ingressos à venda na bilheteria do teatro a R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 meia-entrada, estendida a estudantes, professores, menores de 18, maiores de 60. Informações (31) 3822.3031.
Contato: Valéria Altoé – (31) 9988 4108.


O ator Fabrizio Teixeira interpreta o escritor Stanislaw Ponte Preta


As coreografias são assinadas por Jorge Soares e Fernanda Barbuto

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