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Mercosul e União Europeia fecham acordo de livre comércio

SÃO PAULO (Reuters) – O Mercosul e a União Europeia (UE) assinaram um acordo de livre comércio nesta sexta-feira, disseram o Ministério das Relações Exteriores e o da Economia em comunicado conjunto divulgado nesta sexta-feira.

De acordo com estimativas do Ministério da Economia, o acordo “representará um incremento do PIB brasileiro de 87,5 bilhões de dólares em 15 anos, podendo chegar a 125 bilhões de dólares se consideradas a redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos fatores de produção”, segundo o comunicado.

O pacto engloba “temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual”, segundo o comunicado conjunto.

Sob o acordo, produtos agrícolas como suco de laranja, frutas e café solúvel terão suas tarifas eliminadas e exportadores brasileiros terão acesso ampliado, por meio de cotas, para carnes, açúcar, etanol, entre outros produtos.

Empresas brasileiras ainda serão beneficiadas com a eliminação das tarifas na exportação de 100% de produtos industriais, disse o comunicado.

Desta forma, serão “equalizadas as condições de concorrência com outros parceiros que já possuem acordos de livre comércio com a UE”, disseram as pastas.

Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro chamou o pacto de “histórico” e disse que “será um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para nossa economia.”

Bolsonaro, que está no Japão para a cúpula do G20, parabenizou os ministros Paulo Guedes e Tereza Cristina e suas equipes pelo empenho.

As negociações entre os dois blocos tiveram início em 2000, com diversos governos envolvidos nas conversas, mas os esforços foram intensificados após a eleição presidencial de Donald Trump nos EUA, quando a UE paralisou negociações com o governo norte-americano e se voltou para outros aliados comerciais globais.

Mais cedo neste mês, a comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmstrom, disse que selar um acordo comercial com o Mercosul, que inclui Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, era sua principal prioridade.

Participaram das negociações em Bruxelas o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, segundo o comunicado conjunto.

Agora, países da UE e o Parlamento Europeu ambos precisam aprovar o acordo para que ele entre em vigor.

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