Cidades

Marina Silva vem a Ipatinga divulgar Rede Sustentabilidade

Marina, durante coleta de assinaturas em Copacabana, no Rio de Janeiro, no início desta semana
(Crédito: Leo Cabral)

IPATINGA – A ex-senadora Marina Silva visita o Vale do Aço no próximo dia 12 de abril para participar de uma mobilização pela coleta de assinaturas para a oficialização do partido Rede Sustentabilidade no Brasil. A vinda da ambientalista foi definida pelo diretório provisório do futuro partido em Minas Gerais, durante reunião em Belo Horizonte na última quarta-feira (20) e deve trazer para a região lideranças da legenda.

A agenda no Vale do Aço inclui visitas às três principais cidades da região: Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo. Passeatas e corpo a corpo também estão previstos. Espera-se ainda que Marina participe de um grande evento onde serão expostas as ideias e objetivos da nova sigla.

A Rede foi lançada em 16 de fevereiro deste ano e precisa até o final de setembro angariar pelo menos 500 mil assinaturas de apoio em nove estados da federação para conseguir o registro definitivo junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e poder indicar nomes para participarem das eleições de 2014.

Marina Silva, ex-Partido Verde, é apontada como um dos nomes em potencial para a disputa presidencial de 2014. Nas eleições de 2010, a acreana teve um bom desempenho nas urnas, sendo votada por quase 20 milhões de pessoas. Ela ocupou o terceiro lugar na disputa e chegou até mesmo a vencer em algumas cidades, como Belo Horizonte, onde alcançou mais de 500 mil votos. Em Ipatinga, Marina teve 38.100 votos.

CENÁRIO POLÍTICO

A criação da nova legenda deverá acarretar mudanças partidária em várias cidades brasileiras. Na Câmara de Vereadores de Ipatinga não deverá ser diferente, tal como aconteceu em 2011, quando o Partido Social Democrático (PSD) foi criado e teve a adesão de nomes como Nardyello Rocha, então presidente da Câmara, e o vereador Nilton Manoel. Ambos abandonaram o PMDB e seguiram para a recém criada-legenda.

Agora, discute-se na Câmara a ida de parlamentares da atual legislatura para a Rede. Roberto Carlos (PV), que é o responsável pela campanha de coleta de assinaturas no Vale do Aço, também vem realizando internamente um trabalho de divulgação do novo partido entre os colegas.

“Fizemos convite a vereadores da Câmara para coletarem assinaturas. Alguns manifestaram interesse em participar da campanha e outros até de ir além e realizarem a troca partidária”, revelou.
O parlamentar contou que ele próprio estuda a possibilidade de mudar de legenda: “eu encaro que o partido vai conseguir as 500 mil assinaturas e tão logo as consiga eu avalio com muita vontade a possibilidade de fazer a mudança partidária para a Rede Sustentabilidade”, disse.

Além de Roberto, alguns outros vereadores também cogitam a mesma possibilidade. É o caso de Jadson Heleno e Adiel Oliveira, ambos do PPS. Segundo Jadson, a mudança de partido é de seu interesse caso a sigla apresente uma boa proposta para o Brasil. Adiel também tem o mesmo pensamento, mas ainda vê com cautela a novidade: “Temos que analisar”, resumiu.

Até o momento, no Vale do Aço, já foram coletadas cerca de 4.300 assinaturas. O objetivo da campanha é conseguir pelo menos 15 mil assinaturas até maio somente em Ipatinga. Em Minas Gerais, as assinaturas chegam a aproximadamente 25 mil e no Brasil estima-se que mais de 150 mil pessoas tenham dado sua contribuição.

LIMITAÇÃO NO LEGISLATIVO

O objetivo da Rede Sustentabilidade é ser um partido calcado na preservação do meio ambiente e que irá apresentar um modelo partidário descentralizado, onde um conselho, e não apenas um dirigente, será o encarregado por tomar as decisões. Outras mudanças propostas pela Rede é a reserva de 30% das vagas nas eleições proporcionais para candidaturas independentes, destinadas a cidadãos não filiados e que representem movimentos e causas relevantes para o País. O estatuto provisório também prevê um teto para doações ao partido e transparência online durante as campanhas eleitorais. O partido não pretende aceitar financiamento das indústrias ligadas à produção de armas, agrotóxicos, bebidas e cigarros. Uma característica marcante da nova sigla presente em seu estatuto é a limitação ao número de mandatos de seus parlamentares, que poderão se reeleger apenas uma vez.

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