Policia

Marico é preso sob acusação de assassinato em Ipatinga

(Créditos: Arquivo DP/Divulgação Polícia )

IPATINGA – Um crime inusitado chamou atenção da população de Ipatinga. Um idoso de 80 anos é apontado pela polícia como autor dos disparos que matou um homem de 41 anos, na noite deste domingo (4), na rua Êxodo, do bairro Jardim Panorama. O corpo da vítima foi encontrado próximo a um rancho e à ponte que liga os bairros Cidade Nobre ao Caçula.
Mário Silva Brasil Filho, de 80 anos, conhecido como Marico, foi autuado e levado para o Ceresp, depois de ser apontado pela PC como o autor do assassinato de Antônio Luiz de Almeida, de 41 anos. Marico foi candidato a diversos cargos eletivos em sucessivas disputas em Ipatinga, mas não obteve sucesso em suas tentativas de ingressar na vida pública.

Dono de um dos primeiros matadouros da cidade, localizado no bairro Caçula, foi proprietário do terreno onde é hoje o Residencial Ayrton Senna e da área anexa, cujo loteamento foi embargado pela Justiça.
No local do crime, a Polícia Militar encontrou a vítima caída ao chão, com perfurações na região da cabeça. A perícia da Polícia Civil compareceu e constatou que Antônio foi atingido por dois disparos.

SUSPEITAS

Após a morte, a Polícia Militar foi até a casa da vítima, e os familiares apontaram Mário Silva Brasil Filho como o autor do crime. Segundo informações do delegado Washington Moreira, após a morte da vítima, policiais foram até local do assassinato e conversaram com testemunhas e recolheram provas, que também apontam o idoso como o autor do homicídio.

“Devido à não confissão de Marico, fomos até o local e conversamos com algumas pessoas que relataram que no sábado, um dia antes de Antônio ser assassinato, a vítima e ele tiveram um desentendimento. Houve ameaças de mortes e muita briga entre os dois. Diante dessas primeiras evidências efetuamos a prisão em flagrante do suspeito”, relatou o delegado.

Moreira disse que autor e vítima tiveram uma confusão no sábado, que envolveu agressões e facadas. O delegado conta que a motivação, provavelmente, foi o receio de Marico, que temia agressões futuras da vítima.

“Mário não quis depor, mas o que coletamos com testemunhas apontam que ele foi o executor. A vítima estava sentada próximo à ponte, conforme relato de testemunhas, e, armado com um revólver, Marico efetuou os disparos contra Antônio. Temos também informações de que o autor é agressivo e, inclusive, porta arma de fogo. Mediante os fatos, eu o autuei e ele foi encaminhado ao Ceresp”, afirmou o delegado.

ARMAS

Durante buscas realizadas na casa de Marico, a polícia encontrou um revólver com seis munições intactas. Mas o delegado acredita que a arma encontrada na casa de Mário não é a mesma utilizada no crime.
Marico confirmou a desavença entre ele e a vítima, mas afirmou que não tem envolvimento no homicídio.

“Sou o segundo pai desse menino, conheço ele e a família dele há muitos anos. O pai dele mora em uma propriedade que é minha há bastante tempo. Antônio foi criado comigo, confesso que a gente se desentendeu, mas ele estava embriagado. Só que eu não matei ele, não tenho nada com isso, graças a Deus. Essa arma achada na minha casa tem 110 anos, e fui eu quem a retirei do cofre e mostrei à polícia. Tenho porte de arma, tudo meu é regularizado. Tenho a consciência tranquila e só vou depor em juizo, mas não tenho nada com isso. Tenho um filho advogado, entendo de lei”, disse.

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