Cidades

Manifestantes interditam prédio da PMI durante protesto

IPATINGA – A Polícia Militar soltou os cachorros ontem em manifestantes que bloquearam as entradas da Prefeitura de Ipatinga. Três pessoas ficaram feridas e uma foi presa durante o protesto que reuniu mais de 2 mil pessoas e começou às 6:30h. Portando faixas com os dizeres “Polícia Popular”, os manifestantes bloquearam as entradas da Prefeitura e da garagem subterrânea por onde chega o carro oficial com o prefeito. Os atritos começaram depois que a PM negociou a entrada a de alguns cargos comissionados. Ao entrar no prédio para garantir a segurança de quem queria trabalhar, alguns manifestantes teriam chutado o cão policial, que reagiu, atacando três pessoas.
A concentração marcada para as 6h30 foi atendida e os trabalhadores da educação, creches, saúde, movimento da terceira idade e outros setores públicos que vem sofrendo com a inadimplência do governo atual compareceram em peso.
Com fitas zebradas os manifestantes intitulados de “Polícia Popular” interditaram o prédio principal da Prefeitura de Ipatinga. Além de bloquear o acesso ao edifício para os servidores de cargos comissionados da administração, um colar humano em volta da Prefeitura foi feito para simbolizar a resistência pacífica.
Diante do grande número de pessoas que aderiram ao protesto, a Polícia Militar teve que bloquear a rua Edgar Boy Rossi, via que dá acesso ao prédio da Prefeitura, e a rua Maria Selim de Sales. Mais de 30 militares foram designados para acompanhar a movimentação na praça.
A banda de portadores de necessidades especiais e funcionários da Casa da Esperança deram o tom musical ao protesto durante toda a parte da manhã, rodeando o prédio da Prefeitura e entoando palavras de ordem como: “Queremos solução e não corrupção!”.
Vários servidores comissionados e integrantes do primeiro escalão do governo Robson aguardavam no estacionamento ao lado do prédio Fórum de Ipatinga, na espera de que o movimento se desarticulasse e assim pudessem cumprir o expediente.
Contudo, a disposição é de que os manifestantes fiquem durante todo o dia bloqueando as entradas da PMI. Os organizadores do ato público disseram que a escolha da sexta-feira foi estratégica.
“As sextas é que a maioria das decisões lesivas aos cofres públicos são tomadas. Não deixaremos que os secretários e os prefeito deem expediente hoje. Vamos usar nosso poder de Polícia Popular e resistiremos”, dizia Leida Tavares, diretora do Sind-UTE ao microfone.

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