Policia

Mais um PM é mandado a júri popular

Comitê Rodrigo Neto

IPATINGA – O Poder Judiciário de Ipatinga decidiu mandar a julgamento popular o policial militar Edir Oliveira Ranção, acusado de assassinar o comerciante Ricardo de Souza Garito, em 2007, no bairro Canaãzinho. A sentença de pronúncia foi publicada na íntegra na última quinta-feira (21) e assinada pelo juiz da 2ª Vara Criminal Antônio Augusto Calaes.
Conforme as apurações, Ranção foi comparsa do também oficial da PM Victor Emmanuel Miranda de Andrade, já pronunciado pelo assassinato do comerciante. A motivação do crime seria porque a vítima teve um relacionamento amoroso com a ex-mulher de Ranção, e que na época já estava separada do militar. Conforme consta na denúncia no Ministério Público, Edir Oliveira foi o mandante do crime e combinou o assassinato com o amigo Victor Emmanuel.

CRIME

No dia dos fatos, Victor estava pilotando uma moto e foi até o bar onde a vítima assistia a uma partida de futebol pela televisão. O PM teria entrado no estabelecimento, cumprimentado algumas pessoas e encarado Ricardo.
Em seguida, Victor passou pela frente do bar diversas vezes, esperando a melhor hora de agir, até que estacionou em frente ao carro da vítima. Ainda conforme a acusação do MP, quando a vítima deixou o comércio e se dirigiu ao carro, Victor chamou Ricardo pelo nome e em seguida efetuou um disparo na cabeça do comerciante. Ranção, insatisfeito, se aproximou e desferiu outros disparos à queima-roupa.
Para a Promotoria de Justiça o motivo do crime foi torpe, pois o delito foi cometido por vingança, por acreditarem os autores que Ricardo ainda mantinha relacionamento amoroso com a ex de Ranção. O crime foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, já que o executor aguardou-a nas proximidades do veículo dela e a surpreendeu com os disparos a curta distância.

SENTENÇA

Em alegações finais, o Ministério Público opinou pela pronúncia dos acusados e o juiz acompanhou o MP alegando na sentença que “os indícios suficientes de autoria do crime podem ser demonstrados nos depoimentos das testemunhas (…) assim impõe-se que o 1º réu seja submetido ao julgamento pelo Tribunal Popular”, diz trechos da sentença.
O juiz deu ao réu o direito de permanecer em liberdade, já que ele compareceu a todos interrogatórios em juízo sem prejudicar o andamento do processo.

QUEIMA DE ARQUIVO
No dia do crime, Cleidson Mendes, o “Cabeça”, estava na companhia de Ricardo e chegou a prestar depoimento reconhecendo Victor Emmanuel como sendo um dos executores. Após tal reconhecimento, a vítima teria passado a ser ameaçada e perseguida, inclusive por outros policiais militares ligados ao PM, acabando por ser executada em setembro de 2011.

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