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Lemos aceita ser vice de Celinho na disputa eleitoral em Fabriciano

O ex-vereador Eugênio Pasceli, Lemos, Celinho e Silveira: assim como em Ipatinga, aliança anti-PT   (Crédito: Nadieli Sathler)

 

FABRICIANO – O deputado estadual Celinho do Sinttrocel (PCdoB) anunciou na tarde de ontem (29) que o vereador Francisco Lemos (PSD) abriu mão de disputar a vaga de prefeito nas eleições de outubro para ser vice em sua chapa. “O Lemos muito me orgulhou ao aceitar ser o vice nessa chapa que estamos construindo. Uma unificação forte que nós fizemos, que não tem aqui nenhum propósito de eleger vencedor ou perdedor, mas de dizer que quem ganha com tudo isso é a cidade de Coronel Fabriciano”, declarou.
O anúncio da fusão foi feito na sala de reuniões do Hotel Panorama, na presença do secretário de Gestão Metropolitana Alexandre Silveira (PSD), principal articulador da frente na cidade, a exemplo do que ocorreu em Ipatinga em 2010 e está ocorrendo agora (leia na página 3). “Temos a certeza de que faremos um governo sério nessa cidade. Com a capacidade que o Lemos tem administrativamente, queremos e vamos fazer um governo austero, com resultado e muita eficiência, junto com todos os partidos que compõem esse arco de alianças”, ressaltou. Para o deputado, sua chapa “nasceu vitoriosa” porque possui 15 partidos da base aliada do governo Anastasia, sendo sete deles também de sustentação do governo da Dilma Roussef.
Celinho salientou ainda que ele e Lemos têm credibilidade junto à população de Coronel Fabriciano, e que existe uma parcela significativa da sociedade que quer vê-los fazendo uma gestão dentro do município. “Quero ressaltar que essa construção só foi possível por causa do trabalho sério que tem sido feito por todos os partidos, e sem vaidade. Porque aqui não tem projeto pessoal, tem para a cidade”, pontuou.
A polarização na eleição de Coronel Fabriciano teve a intervenção direta do governo mineiro, tanto que o deputado estadual e o presidente da Câmara passaram a quarta (28) e quinta-feira (27) em reuniões na Cidade Administrativa com o secretário Alexandre Silveira.

DESPRENDIMENTO
O vereador e presidente da Câmara de Coronel Fabriciano, Francisco Lemos (PSD), comentou que a junção ao PCdoB surgiu depois de muita reflexão. “Observamos que nos últimos anos o município pagou um preço muito alto por ter à frente da Prefeitura um gestor que não tem uma boa interlocução junto aos órgãos estadual e federal, embora o atual gestor pertença à base do governo federal”, opinou.
O ex-delegado não escondeu que ocupar a cadeira de prefeito é um sonho. Apesar disso, Lemos falou que abriu mão de sua pré-candidatura por avaliar que a polarização aumentaria as chances de desbancar o governo petista. “Todos que acompanham a minha vida há 30 anos sabem o quanto a gente gosta e quer o bem da nossa cidade. Tinha sim aquela ambição de ser prefeito, um sonho de coroar a minha vida pública dentro de Coronel Fabriciano, saindo como prefeito. Mas acima de um sonho está essa cidade que amo de coração. Analisamos que se nós dividíssemos a campanha, haveria mais chances, ainda que de uma forma não certa, da atual administração ficar aí”, considerou.
O parlamentar ressaltou que não tem nada contra as figuras políticas que estão à frente do Executivo. Contudo, avaliou que a Administração Municipal não valorizou investimentos recentes feitos pelo governo Anastasia. “Não tenho nada contra as pessoas, mas sim, contra a forma como eles administram. O nosso governo estadual, de uma forma benevolente, trouxe pela primeira vez recursos para resolver a área da saúde e foi duramente criticado. Nunca vi um município que recebe recursos do governo estadual e, ao invés de parabenizar, faz críticas. Isso não é forma de administrar Coronel Fabriciano”, disse.

Multa pode prejudicar candidatura de deputado
Fabriciano
– A frente suprapartidária articulada pelo deputado federal e secretário de Gestão Metropolitana Alexandre Silveira pode não emplacar o nome do deputado estadual Celinho do Sinttrocel (PCdoB).
Isso porque o parlamentar possui pendências com a Justiça Eleitoral por abuso de poder político e econômico, cometido nas eleições de 2008, quando Celinho disputou as eleições municipais majoritárias.
A denúncia feita à Justiça, pelo vereador Marcos da Luz (PT), apontou que o deputado teria oferecido a uma eleitora três cestas básicas e a quitação de uma dívida de IPTU. A acusação acabou virando um processo eleitoral e o parlamentar foi condenado em primeira instância pelo juiz Ronaldo Pereira. Após recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), o juiz Benjamim Rabelo não reconheceu o recurso e manteve a multa.
Questionado sobre sua situação jurídica, o deputado estadual garantiu que seus advogados não veem impedimento para sua candidatura. Contudo, somente após o registro, na quinta-feira (5), é que a situação vai ser examinada pelo Ministério Público Eleitoral do município.

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