Policia

Justiça suspende processo contra assassino confesso de comerciante

À época dos fatos, Misael Pereira confessou que matou Munir de forma brutal. O corpo de Munir foi encontrado com mutilações feitas por ferramentas que ele vendia

IPATINGA –
Foi suspenso na última quinta-feira (13) o processo criminal contra Misael Pereira dos Santos, 21 anos, assassino confesso do comerciante Munir Augusto da Silva, crime ocorrido em outubro do ano passado. Segundo a defesa de Misael, o rapaz sofre de insanidade mental e não pode responder na Justiça comum.

O pedido foi feito por meio de uma ação penal que tramita no Fórum de Ipatinga desde o dia 3 de fevereiro e acatado pelo juiz Antônio Augusto Calaes na semana passada. A defesa de Misael neste caso é feita pelo advogado José Geraldo Mafia Júnior, da Defensoria Pública de Ipatinga, que não quis conversar com a reportagem do DIÁRIO POPULAR sobre o assunto.

O CASO
No dia 19 de outubro do ano passado, Misael, juntamente com Shirley Luiza da Silva, 22, e um menor de 17 anos teriam participado de uma sessão de tortura que culminou com a morte do comerciante de 50 anos.

O crime aconteceu na esquina da rua Caleb com a avenida Selim José de Sales, no bairro Canaã, na loja da qual Munir era proprietário e onde também morava provisoriamente. O corpo do comerciante foi encontrado por seus familiares dilacerado por golpes das ferramentas vendidas no próprio estabelecimento.

Após matarem Munir, os três acusados roubaram pertences da loja, um aparelho celular e o carro da vítima, que foi abandonado no bairro Caravelas. Em seguida, o trio se dirigiu ao Parque Ipanema para consumir drogas, onde foi encontrado pela Polícia Militar e detido.

FRIEZA
Misael confessou friamente o delito e deu detalhes de como teria executado a ação. Segundo o rapaz, Munir foi morto porque se recusou a fornecer informações bancárias aos três. “Ele pediu pelo amor de Deus para não fazer isso com ele, mas ele não quis passar a senha do cartão. Aí dei machadada, cortei a orelha dele”, relatou.
“A primeira pancada foi na cabeça. Assim que ele caiu, eu cortei a barriga e ele levou uns 30 minutos para morrer.

Fiquei torturando, dando machadada, facada até ele morrer. Nosso plano era vender o carro dele”, confessou Misael.
O caso foi tratado pela polícia como latrocínio – roubo seguido de morte. Os dois suspeitos maiores de idade foram encaminhados ao Ceresp de Ipatinga e o adolescente internado em um Centro para menores. As investigações da Polícia Civil foram concluídas em menos de duas semanas e o processo começou a tramitar na 2ª Vara Criminal de Ipatinga em novembro passado.

PROCESSO CONTINUA
Misael ainda afirmou ter matado outras quatro pessoas, uma delas quando ainda tinha 13 anos. O rapaz responde a dois processos judiciais por roubos à mão armada praticados em 2011, sendo que uma das ações também foi suspensa em abril do ano passado sob a mesma alegação de insanidade mental do acusado.

Mesmo com a suspensão do processo criminal para Misael, a ação continua correndo para a suspeita Shirley Luiza. Nesta segunda-feira (17), foi marcada a primeira audiência do caso, que deverá ocorrer no dia 18 de março, no Fórum de Ipatinga. Na ocasião, a ré será ouvida, bem como as testemunhas de acusação e defesa do caso.

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