Policia

Justiça condena presos na operação “Cheiro Verde”

Considerado chefe do grupo, Glauciano Caetano da Silva foi quem recebeu a maior pena: 15 anos e 4 meses de prisão (Crédito: Divulgação PC)

TIMÓTEO – A justiça condenou, na última quarta-feira (8), 15 pessoas pela prática de tráfico de drogas em bairros de Timóteo. Esta foi a maior sentença dada no Vale do Aço, segundo o delegado responsável pelo inquérito, Gilmaro Alves.
Foram condenados: Glauciano Caetano da Silva, Dalysson Kennedy Oliveira Porto, Raphael Bohrer Barbosa, Francisco José de Souza, Adriano de Sales Lopes, Patrick Ricardo Fernandes, Ariane Lícia Silva Oliveira, Weverton Eloi da Silva, Carla Silva Moura, Deean Martins, Eber Ramos, Maykel Miller Nascimento, Deidivane Monteiro, Diogo Costa Cassemiro e Douglas Gonçalves Martins.
A maior parte dos envolvidos recebeu penas entre 10 e 15 anos de prisão em regime inicialmente fechado. Quem pegou a maior condenação foi Glauciano Caetano da Silva, considerado pela Polícia Civil como o chefe do bando, que atuava nos bairros Recanto Verde, Alphaville, Limoeiro, Macuco e Cachoeira do Vale. Ele foi condenado a 15 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado.

DENÚNCIAS
A polícia chegou até os condenados por meio de denúncias e averiguações, que resultaram na Operação Cheiro Verde, em novembro de 2011. Na ocasião, 13 pessoas foram presas e um adolescente foi apreendido, bem como grandes quantidades de droga, dinheiro e até remédios de comercialização proibida no Brasil.
As investigações da Polícia duraram quatro meses e levaram a um grupo que chamou a atenção por sua organização. De acordo com o inquérito, a quadrilha era constituída de pessoas que tinham funções definidas, tais como preparo da droga para a revenda, contabilidade e representantes, que pegavam quantidades maiores da “mercadoria” e repassavam a usuários.

ESCUTAS
As investigações da PC utilizaram, para o robustecimento das provas, escutas colocadas nos telefones dos suspeitos que serviram para que fossem conhecidos os métodos utilizados pelos traficantes.
A defesa dos acusados chegou a pedir que fossem anuladas as escutas telefônicas, alegando que elas eram ilegais porque as transcrições haviam sido feitas de forma livre, por meio de suposições. A contestação foi feita devido ao fato de que, nas conversas, muitas palavras ligadas ao vocabulário do tráfico eram utilizadas pelos bandidos, até mesmo como forma de se resguardarem. Em uma das conversas, um dos condenados diz que sabe que está com o telefone grampeado e ainda assim fala sobre o esquema. Entretanto as provas foram aceitas e utilizadas na condenação dos traficantes.

ALICIAMENTO
Contra grande parte do grupo de condenados grupo também pesava a acusação de corrupção de menores, já que a quadrilha também era suspeita de aliciar adolescentes para o tráfico. Entretanto, apenas o chefe do grupo, Glauciano, foi condenado por este delito.
Ariane Lícia e Adriano de Sales eram, conforme apontaram as investigações, os auxiliares de Glauciano na prática do tráfico de drogas. Eles receberam penas iguais da justiça de Timóteo: 10 anos e dois meses cada, a serem cumpridos em regime fechado. Os revendedores da droga receberam penas que, em média, totalizam 10 anos de prisão, também em regime inicialmente fechado.

SATISFAÇÃO
O chefe das investigações, delegado Gilmaro Alves, afirmou nesta sexta-feira (10) que ficou satisfeito com as condenações dadas pela justiça. “Isso demonstra que o trabalho da Polícia Civil de Timóteo foi pautado pela legalidade e constitucionalidade”, avaliou. Destacou ainda o apoio recebido pelos agentes da PC, da Polícia Militar e também do Ministério Público, que recebeu o inquérito e atuou na acusação. Afirmou também que o Judiciário de Timóteo foi extremamente competente na condenação dos réus, que já se encontram presos.

Esquema montado pela Polícia Civil de Timóteo sobre a articulação da
quadrilha mostra como que o bando se organizava
(Crédito: Divulgação PC)

 

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