Policia

Justiça condena 14 pessoas da operação ‘Marco Zero’

Integrantes da quadrilha foram condenados a um total de 108 anos de prisão

IPATINGA –
A operação “Marco Zero”, conduzida pela Polícia Civil para desmantelar uma quadrilha de traficantes que agia no Vale do Aço, resultou na condenação do bando a penas que, somadas, chegam a mais de 108 anos de prisão para 14 das 15 pessoas indiciadas no inquérito policial.

O trabalho investigativo da PC, no ano passado, resultou na apreensão de 26 quilos de maconha, seis carros, R$ 5 mil em dinheiro, vários celulares e duas armas.

Segundo as investigações, a quadrilha era chefiada por Jarbas José Lage, que mesmo detido na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, dava ordens de compra e venda de drogas por telefone. A companheira dele, Geane de Faria, 27 anos, e o irmão José Maria Lage, 40 anos, eram as pessoas de confiança dentro do bando, sendo responsáveis pela aquisição, distribuição dos entorpecentes e pagamento.

Condenados

Jarbas José Lage foi condenado a 11 anos de detenção em regime inicialmente fechado. Nabor Batista da Silva, e Geane de Faria também foram condenados a 11 anos e quatro meses de reclusão.

Outros integrantes do bando, Maicon Douglas de Aguiar Rodrigues, Gean Calazans de Souza e José Maria Lage pegaram nove anos e quatro meses de reclusão. Paulo Roberto Pereira Junior, Sebastião de Souza Franca e Jakeline Ferraz Gomes Gonçalves, reclusão de oito anos.

Alice Lacerda de Souza foi condenada a seis anos e três meses; Silvanil Alves Rocha e Devanil Alves Rocha, condenados a quatro anos e dois meses de reclusão. Alexander Miranda Donato e Stanione Julião Franconel a cinco anos de reclusão.

Dos 15 indiciados, somente uma das mulheres, Laeane das Graças Ferreira, foi absolvida das acusações.
As investigações, realizadas entre os meses de maio e junho de 2013, apontaram que integrantes da quadrilha realizavam com frequência viagens para Belo Horizonte, onde era adquirida a droga. Os entorpecentes eram trazidos para o Vale do Aço em uma van e entregues principalmente no distrito de Cachoeira do Vale, em Timóteo, e no município de Ipaba.

Em uma dessas viagens, uma mulher integrante da quadrilha chegou a ser jurada de morte pelo bando, sendo acusada de um desfalque de cinco quilos de maconha. A situação envolveu o motorista da van, que chegou a determinar a execução da mulher para se livrar da responsabilidade da droga extraviada.

O cerco começou a se fechar com a prisão de um dos principais integrantes da quadrilha, Nabor Batista da Silva, o “Mateuzinho”, de 23 anos, responsável pelo remanejamento de drogas de um ponto ao outro e cobrança de dívidas. Ele ainda esclarecia sobre a chegada de carregamentos de drogas.

Dentro do bando, a polícia identificou as “mulas”, pessoas que levavam as drogas aos usuários, e quem estava disposto a matar em nome do grupo.

A operação que culminou no desmantelamento da quadrilha ocorreu no dia 22 de junho passado. Por volta de 16h, na BR-381, próximo a Jaguaraçu, um carro com três ocupantes foi interceptado pela Polícia Civil. Dentro do veículo estavam guardados quase 26 quilos de maconha, divididos em cinco tabletes grandes. Segundo as investigações as drogas haviam sido adquiridas na manhã daquele dia, em Belo Horizonte.

A polícia estima que o prejuízo do bando ultrapasse R$ 100 mil. Conforme as investigações, as drogas seriam distribuídas nas cidades de Ipatinga, Ipaba, Belo Oriente e Santana do Paraíso. Em Ipatinga, a quadrilha atuava principalmente no abastecimento de drogas nos bairros Veneza II, Planalto e Centro, o que leva a polícia a crer que grande parte dos crimes ocorridos nestes bairros tenha ligação com a quadrilha.

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